O BICHO HOMEM

O BICHO HOMEM

Criado simples e “ignorante”, o bicho homem povoou a Terra, para evoluir e criar raízes de amor e viver em sociedade. Com o passar do tempo evolui é claro, mas implantou em seu ego: o instinto, a raiva, a perversão, o desamor, o egoísmo, o apego material e o mais temível, a falta de amor e a fraternidade para com seus semelhantes. Apesar de ser dotado de inteligência, livre-arbítrio, instinto, sempre usa a beligerância nos momentos em que os seus interesses são ameaçados. Está com o amor a seu dispor, porém o instinto bestial sempre o domina nos momentos de transtorno, quando se sente cheio de privilégios, que o leva a corrupção e ao crime. Na verdade, o bicho homem quanto mais procura descobrir os enigmas de Deus, esquece a existência dele. O sofrimento voraz que também o afeta transtorna-o. Da sapiência ao desconhecimento ele vai usando suas artimanhas para tirar proveito do que lhe falta, mesmo usando a força e comportamento escuso para locupletar-se. Esses sentimentos geram a violência, eliminam e aniquilam o amor, havendo um predomínio do instinto sobre o seu ego, pois desde a criação do mundo, teve ele a violência como companheira. O bicho homem é a única espécie que pensa que é gente! “O homem é um animal. Isso é uma definição, não uma qualificação. Entretanto, termos e conceitos como homem, animal, definição, qualificação assim como o verbo ser são palavras, enfim, coisas que se complicam quando o homem finge pensar, principalmente quando finge pensar a sério. Há uma insegurança vinda não se sabe de onde, que faz as palavras ficarem com duplos sentidos, e as pessoas se acabam ofendidas, sem que tenha sido essa a intenção de quem pronuncia as máximas definitórias”.

Se o homem não é um “bicho”, na realidade é um animal racional. A racionalidade só é usada para o bem e a bestialidade para o mal. Se comparássemos o bicho homem com o animal irracional, teríamos uma conclusão com a seguinte máxima: “o homem mata por qualquer motivo e o animal irracional mata quando se sente ameaçado e pela sua sobrevivência”. O mundo racional não tem script, pois vivemos num mundo aberto. Convenhamos que a sobrevivência do homem dependa de si e de seu trabalho, porém o que vemos no cotidiano é um verdadeiro exército de desempregados, auxiliados por um governo assistencialista, que tirando às exceções naturais, o restante vai formar com exclusividade o bloco dos papudinhos. Na realidade o homem não valoriza o homem e as circunstâncias podem gerar graves conflitos sociais, pois o avanço da tecnologia está transformando o homem dependente da máquina virtual, e das máquinas robóticas. Segundo afirma Roberto de Barros Freire

Cuiabá - MT (Brasil) Professor de Filosofia Departamento de Filosofia – UFMT, essas nuanças têm várias explicações, mas nenhuma delas parece satisfatória, nem pode ser aceita pela unanimidade da humanidade. Em particular porque além dos animais humanos se considerarem racionais, sendo a racionalidade, segundo crenças muito antigas, uma espécie de superioridade com relação aos demais animais, cada um dos seres humanos se considera superior aos demais seres humanos, ou mais racionais que os demais. Isso pode parecer astucioso, porém é pouco inteligente.

O fato é que enquanto todos os animais parecem ter funções naturais, o homem parece ter apenas enormes presunções. Essas presunções fazem-no acreditar que têm mais do que função natural, mas um destino superior, que alguns alucinados acreditam estar escrito nas estrelas. No interior de animais dissecados em rituais macabros, em pedras, rochas, conchas, ou ainda em pessoas que escutaram ou escutam vozes que atribuem a divindades, e a crença e a tradição afirmam serem certas, porque estão escritas em livros antigos ou recentes.

Vejam como o homem apesar de seu avanço cultural deixa transparecer ser um cético, em relação às crendices hominais. Essas crendices são fastos, que submetem o homem ao amor com o intuito de sua interação com Deus e deuses. Ouvir vozes não significa que sejam coisas banais, pois o próprio Cristo e os grandes profetas da humanidade ouviam com constância e mesmo assim não eram possuídos por distúrbios mentais. Lamenta-se que o pensamento do Sr. Roberto Bastos vá de encontro com as raízes religiosas do ser humano. Os rituais macabros podem ser apregoados com um tipo de cultura do passado, pois o bicho homem se encontra em evidente evolução e o Espírito jamais retrograda, sua tendência natural é a evolução coordenada e jamais desordenada. Cada um pensa e diz o que quer, mas a aceitação jamais tem o sentido obrigatório. O que para uns é certo, para outros podem se tornar totalmente equivocado. Os livros antigos e os novos são nossos fiéis escudeiros.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES/MEMBRO DA ACI/ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 09/01/2007
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