Dicas Para Se Escrever Com Segurança, Fluência e Correção (I)

O ato de escrever envolve outro ato: O de pensar. Quem pensa bem escreve bem. O pensamento não passa de reflexões de informações e experiências contidas na memória. Estas são captadas do ambiente que nos cerca pelos órgãos do sentido e “trabalhadas” pela razão. Aqui não cabe discutir questões filosóficas envolvendo a Epistemologia e a Teoria do Conhecimento (questões como inatismo e o empirismo, o raciocínio, a razão, por exemplo). Vamos tecer alguns comentários apenas sobre aquilo que constatamos por experiência própria e até intuitivamente.

As informações que obtemos durante a vida, depois de “ruminadas”, tornam-se conhecimentos.

A leitura é o principal meio de se adquirir conhecimentos para quem deseja escrever com facilidade, conteúdo e beleza.

Não tem jeito: Não gostou de ler, não invente de escrever.

Mas, há uma leitura quase obrigatória para quem pretende escrever com clareza, segurança e correção (isto é, de forma a ser bem entendido): É o estudo da Gramática.

É moda hoje maltratá-la. Uns agem assim por pura demagogia, já que poucos são os que têm disposição para “memorizar regras”. Outros, por serem uns marias-vão-com- as- outras. Nessa onda até o MEC mergulhou, permitindo a adoção de livros didáticos em que erros crassos de linguagem eram aceitos como corretos. Parece até que o MEC pensou assim: “É menos custoso aceitar o errado como certo do que instruir uma multidão de ignorantes do idioma”. Há ainda aquela parcela de malfeitores do vernáculo que condenam a Gramática simplesmente porque a desconhece e é mais cômodo surrá-la.

Claro que não advogo o purismo gramatical. Deve-se levar em conta as circunstâncias. Ela, de quando em quando, é subvertida conscientemente por literatas na elaboração de peças literárias. Nem vamos ser exigentes na linguagem coloquial ou na fala. A palavra, na fala, voa. Na escrita informal, há o descuido perdoável.

Porém, para quem pretende escrever textos sérios, dissertativos, científicos, ensaios e trabalhos escolares de forma geral, para esses não há jeito, o conhecimento do vernáculo é indispensável.

Dessa forma, seja em que área do conhecimento se atue, para escrever compreensivelmente e juntar as palavras de forma harmoniosa e bela, estudar a “indigesta” é necessário.

Esse foi o primeiro artigo de uma série que tenciono publicar com dicas para tentar se errar menos ao se escrever. Os próximos já serão com conteúdos gramaticais.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 31/12/2011
Reeditado em 31/12/2011
Código do texto: T3416321
Classificação de conteúdo: seguro