PROF. MILTON SANTOS
SÉRIE FIGURAS DA BAHIA
Prof. Milton Santos - Patrono da Geografia Nacional
O Professor baiano Milton Santos recebeu o título de Patrono da Geografia Nacional, em votação unânime na Câmara e no Senado Federal, esta última ocorrida no dia 30 de junho de 2005. O projeto original é da autoria da deputada Laura Carneiro (RJ).
QUEM FOI
Natural de Brotas de Macaúbas, o geógrafo Milton Santos era filho de D. Adalgisa e do Prof. Irineu Santos, ex-Inspetor Escolar do Estado da Bahia.
A família Santos residia em Salvador, na Estrada da Raínha, rua que liga os bairros da Soledade e Baixa de Quintas. O casal Adalgisa e Irineu manteve, por mais de uma década, um pensionato para moças, estudantes do interior, em sua residência, de cuja renda obtiveram as condições financeiras para formar os tres filhos: Milton, Nailton e Iêda.
O GEÓGRAFO
Milton Santos formou-se em geografia e passou a lecionar em vários colégios de Salvador, até galgar a Cadeira de Geografia da UFBa. Estudioso, passou a defender teses sociais e humanísticas que o tornaram célebre, chegando a ocupar importantes cargos públicos, a exemplo de Diretor da Imprensa Oficial da Bahia.
O POLÍTICO
Os representantes do golpe militar de 1964 cometeram o equívoco de prendê-lo sob a acusação de subversão, como aliás fizeram com quase todos os intelectuais brasileiros. Seu irmão Nailton Santos, Professor da Universidade de Paris, foi o elo de ligação para o seu exílio na França, onde passou a lecionar, com passagens importantes pelas principais universidades francesas, incluindo a Sorbone, bem como, em universidades pelo mundo, desde a de Colúmbia - EUA, da Tansânia, de Lima - Peru, entre outras.
Voltando do longo exílio, o Prof. Milton Santos passou à cátedra da USP - Universidade de São Paulo, contribuindo, com seus vastos conhecimentos, para a Educação no Brasil, participando dos Conselhos de Educação dos principais estados brasileiros.
O Prof. Milton Santos era negro e defendeu como poucos a inclusão social das etnias negra e indígena com importantes teses, algumas delas publicadas em vários idiomas. Sua contribuição para diminuir as desigualdades regionais, os estudos e as palestras que realizou, além do vasto trabalho compilado deram-lhe prestígio internacional, experimentado por poucos brasileiros em todos os tempos.
Daí porque nos associamos às homenagens que lhe são prestadas, pelo Congresso Nacional, quatro anos após o seu falecimento, com a outorga do título de PATRONO DA GEOGRAFIA NACIONAL!