IGNOMÍNIA
IGNOMÍNIA
Atraso no pagamento dos salários dos barnabés, toma de surpresa a população cearense. A mídia impressa cearense tem dado destaque a cifras. Dívida ativa do Estado chega à casa dos R$ 4 bilhões. O brasileiro é um ser humano desconfiado e o cearense ainda mais. Fica pairando no ar a seguinte indagação: “aonde foi parar o dinheiro das privatizações”? Tem uma bem recente, a do BEC (Banco do Estado do Ceará). A equipe do novo governador estava ou não analisando as contas do governo anterior? Essa aberração passou despercebida? Não acreditamos, mesmo! Diz um velho clichê popular: “quem paga dívidas, são as classes minoritárias, as mais abastardas deixam rolar”. Um percentual bastante elevado corresponde ao total da dívida ativa em processo de cobrança judicial, o novo governo pretende manter a repactuação (pactuar débitos). Essa repactuação tem um percentual elevadíssimo de 93%, enquanto os juros da dívida ativa do Estado representam 55,14%, de débitos tributários a serem recebidos pelo governo. (Dados do DN de 4/01/2207).
O Sr. Shóstenes Cavalcante, em sua carta publicada na seção leitores (Cartas & e-mails), do Diário do Nordeste, cujo título é: “começou mal”, faz seu desabafo natural, aliás, o livre-arbítrio é do homem mesmo. Essa conotação não tem intuito de fazer justiça ao novo governo. Não é que começou mal! Já estava mal. Isso, porque os governos anteriores perderam muito tempo em criticar os “coronéis”, e nada fizeram em prol do Ceará. Na realidade, as pouquíssimas obras construídas, tinham um pouco de orgulho pessoal. Onde foi parar a refinaria cantada em prosa e verso? A siderúrgica? Na realidade, o que devemos fazer é exterminar a demagogia e trabalhar em prol do povo tão sofrido do Estado, em particular o sertanejo. Os grevistas já se articulam, isso não é bom para um governo que começa agora. O povo já começa a colocar as colocar os olhos em ação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, virou irresponsabilidade fiscal, por isso toda autoridade que deixa seu cargo e passa para outrem, deveria responder por seus atos. Compactua com erros, torna-se culpado também. Esperamos que sejam apenas nuvens passageiras, e que não se transformem em tempestades e maremotos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES/MEMBRO DA ACI/ALOMERCE