DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ - UMA PIADA SEM GRAÇA
DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ – UMA PIADA SEM GRAÇA
Em uma população com percentual de analfabetismo extremamente representativo como o Brasil, falar em PLEBISCITO só pode parecer mesmo... Uma piada sem graça! Isso porque, além de exigir que a grande maioria do povo se manifeste sobre um assunto que não conhece, nem o Governo Federal nem o Governo do Pará se preocuparam de dar-lhes a conhecer “as duas faces da moeda” ou seja – dizer-lhes dos prós e contras da criação do Estado do Tapajós e do Estado do Carajás, de seus benefícios e de seus comprometimentos, para que pudessem, de forma equilibrada decidir. Aliás, será que esse assunto só interessa aos paraenses? Ou o Pará não faz parte do Brasil, e em fazendo... Será que os brasileiros de outros estados não deveriam também se manifestar?
O Pará, com uma população estimada em aproximadamente 7.400.000 habitantes tem uma grande concentração populacional em Belém, que com sua região metropolitana incluída, soma perto de 2.200.000 habitantes, sendo que a grande maioria dos que disseram “NÃO” ao Estado do Tapajós somaram 66,08% e os que disseram “NÃO” ao Estado do Carajás representaram coincidentemente quase o mesmo percentual, ou seja 66,59%.
Nessas condições, as abstenções de quase 26% para Tapajós e Carajás, acabam por consolidar a idéia de que o “mal feito foi muito bem feito”. Para confirmar ainda mais esse jargão (inventado agora por mim), em Marabá e Santarém – duas das maiores cidades do estado depois de Belém - mais de 90% dos votos foram a favor da separação, tanto para Tapajós quanto para Carajás. Fica portanto demonstrado o peso de Belém nessa decisão que, de justa nada tem!
Aliás, temos tido exemplos negativos de gestão pública no Pará, mais propriamente em Belém desde a década de 70, com os escândalos da Sudam e a falência de grande número de empresas de vários segmentos industriais, como no caso da grande maioria das indústrias de palmito, fábricas de biscoitos, produtos cerâmicos, químicos e derivados, soro fisiológico, peixes frigorificados e etc,.. Sem falar em alguns casos políticos e de políticos, de estarrecer.
O Estado do Tapajós é esperado há muito por sua gente, sendo este seu maior sonho – A emancipação. A população se sente abandonada pelo governo do estado onde - conforme o professor Edir Veiga da UFPA – de R$ 12 bilhões de orçamento em 2010 investiram apenas 5% na região.
A região do Carajás, mesmo tendo um contexto diferente, também reclama do “esquecimento” do estado – ainda que seja auto-sustentável economicamente e vivendo uma situação bastante confortável – mas não em razão da presença do estado e sim dos royaltes da mineradora Vale do Rio Doce em razão da produção mineral.
Bons ou ruins, os exemplos podem ser medidos pelos estados do Tocantins e Mato Grosso – Sul e Norte, exemplo de sucesso na consolidação da redução de distâncias e gestão compartilhada e dependerão mais no futuro, de seus gestores políticos que propriamente do desenvolvimento logístico de cada região.
A bem da verdade, neste país abençoado pelo clima maravilhoso que temos, pelas terras férteis, pela natureza ordeira de nosso povo, com sua magnífica beleza e grande extensão territorial, arre... Só falta um pouquinho de “vergonha na cara” de alguns políticos e governantes, PARA SE TRANSFORMAR NO PARAÍSO!
Urias Sérgio de Freitas.
DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ – UMA PIADA SEM GRAÇA
Em uma população com percentual de analfabetismo extremamente representativo como o Brasil, falar em PLEBISCITO só pode parecer mesmo... Uma piada sem graça! Isso porque, além de exigir que a grande maioria do povo se manifeste sobre um assunto que não conhece, nem o Governo Federal nem o Governo do Pará se preocuparam de dar-lhes a conhecer “as duas faces da moeda” ou seja – dizer-lhes dos prós e contras da criação do Estado do Tapajós e do Estado do Carajás, de seus benefícios e de seus comprometimentos, para que pudessem, de forma equilibrada decidir. Aliás, será que esse assunto só interessa aos paraenses? Ou o Pará não faz parte do Brasil, e em fazendo... Será que os brasileiros de outros estados não deveriam também se manifestar?
O Pará, com uma população estimada em aproximadamente 7.400.000 habitantes tem uma grande concentração populacional em Belém, que com sua região metropolitana incluída, soma perto de 2.200.000 habitantes, sendo que a grande maioria dos que disseram “NÃO” ao Estado do Tapajós somaram 66,08% e os que disseram “NÃO” ao Estado do Carajás representaram coincidentemente quase o mesmo percentual, ou seja 66,59%.
Nessas condições, as abstenções de quase 26% para Tapajós e Carajás, acabam por consolidar a idéia de que o “mal feito foi muito bem feito”. Para confirmar ainda mais esse jargão (inventado agora por mim), em Marabá e Santarém – duas das maiores cidades do estado depois de Belém - mais de 90% dos votos foram a favor da separação, tanto para Tapajós quanto para Carajás. Fica portanto demonstrado o peso de Belém nessa decisão que, de justa nada tem!
Aliás, temos tido exemplos negativos de gestão pública no Pará, mais propriamente em Belém desde a década de 70, com os escândalos da Sudam e a falência de grande número de empresas de vários segmentos industriais, como no caso da grande maioria das indústrias de palmito, fábricas de biscoitos, produtos cerâmicos, químicos e derivados, soro fisiológico, peixes frigorificados e etc,.. Sem falar em alguns casos políticos e de políticos, de estarrecer.
O Estado do Tapajós é esperado há muito por sua gente, sendo este seu maior sonho – A emancipação. A população se sente abandonada pelo governo do estado onde - conforme o professor Edir Veiga da UFPA – de R$ 12 bilhões de orçamento em 2010 investiram apenas 5% na região.
A região do Carajás, mesmo tendo um contexto diferente, também reclama do “esquecimento” do estado – ainda que seja auto-sustentável economicamente e vivendo uma situação bastante confortável – mas não em razão da presença do estado e sim dos royaltes da mineradora Vale do Rio Doce em razão da produção mineral.
Bons ou ruins, os exemplos podem ser medidos pelos estados do Tocantins e Mato Grosso – Sul e Norte, exemplo de sucesso na consolidação da redução de distâncias e gestão compartilhada e dependerão mais no futuro, de seus gestores políticos que propriamente do desenvolvimento logístico de cada região.
A bem da verdade, neste país abençoado pelo clima maravilhoso que temos, pelas terras férteis, pela natureza ordeira de nosso povo, com sua magnífica beleza e grande extensão territorial, arre... Só falta um pouquinho de “vergonha na cara” de alguns políticos e governantes, PARA SE TRANSFORMAR NO PARAÍSO!
Urias Sérgio de Freitas.