PELA HORA DA MORTE


 
Acho que uma das coisas mais justa que Deus criou foi a morte. É a única coisa igual para todos, ou seja, na horizontal todo mundo é igual. Você pode nascer em berço de ouro, viver cercado de ouro, mas não tem controle sobre a morte. Eu não entendo porque ainda há gente que se acha melhor do que a outra.

Único filme que não dá para mudar o final, a morte pode ser necessária ou ridícula. Depende da ocasião em que ela acontece. Se alguém está sofrendo anos com alguma doença incurável, diz-se que ela foi necessária. Quando ela acontece de repente, diz-se que foi ridícula.

O problema é que não dá para fazer planos baseados na morte, tipo: não pagar os cartões de crédito e nem as prestações, sabendo que irá morrer em breve. Geralmente, ela chega sem avisar e lhe pega de surpresa. Você combinou de fazer um passeio no fim de semana; está em pleno tratamento dentário; tem planos para a semana seguinte; conseguiu mais um emprego e está trabalhando feito um louco para pagar as suas dividas ou melhorar a sua situação financeira. Daí, no meio da noite, cai morto. Como assim? Eu não posso morrer agora. E aquele trabalho que eu tenho que entregar amanhã? E o acordo que eu fiz com os bancos para parcelar as minhas dividas? Como vai ficar a minha família e os meus amigos sem mim? Não tem jeito: você morreu!

Quantas vezes você disse: "Das minhas coisas cuido eu"? Imagine suas lamentações após a morte: "Puxa vida. Logo agora que eu tinha parado de fumar, fiz um check-up médico e estou fazendo dieta... Ninguém merece".
 
O problema é que ninguém sabe o que acontece após a morte, pois ninguém volta para dizer como é do outro lado. Seria bom se você pudesse trocar uma ideia com um recém falecido só para saber como está se sentindo após a sua morte.
 
Já pensou você encontrar um amigo e perguntar:
 
- E aí fulano? Anda sumido?
 
- Ele: Eu: você não soube não? Morri no ano passado... – estava cansado dessa vida.

Conclusão: com a morte não há jogo. Não dá para negociar ou fazer um acordo a curto ou longo prazo.

Para morte não existe a pior ou a melhor pessoa. Somos todos iguais. Por isso procure tratar bem os seus semelhantes. Viva da melhor maneira possível. Não se apegue às coisas pequenas e inúteis e perdoe sempre!
Não passamos de um cadáver adiado.

 
Luiz Gonçalves Martins
Enviado por Luiz Gonçalves Martins em 28/11/2011
Reeditado em 27/10/2023
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