Parece brincadeira, mas aconteceu

Dois jovens trabalhavam na mesma companhia, no mesmo setor, nas mesmas funções e eram amigos. Um deles era estudioso da Bíblia, o outro, nem tanto, mas gostava de ouvir as explicações, acerca das coisas de Deus, que seu amigo lhe fazia. Certo dia, logo pela manhã, houve um desentendimento entre eles, e a discussão foi tão acalorada que os dois acabaram se agredindo com palavras violentas. No calor da discussão, disse um deles: Não me dirija mais a palavra! O outro, por sua vez, não demorou a replicar: Muito bem, eu não pretendo mesmo voltar a falar com gente de sua laia! Vá procurar tua turma! O jovem, conhecedor das Escrituras, não estava se sentindo muito bem com aquela situação, e procurava uma maneira de se acertar com o amigo; ainda naquele dia. Lembrava de um versículo da Bíblia que diz: “Irai-vos, mas não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” (Efésios 4: 26)
– Estávamos meio exaltados hoje pela manhã. Disse arrependido ao amigo. Não é bom que esse clima desagradável permaneça entre nós. Portanto, quero que me perdoe pelas tolices que lhe disse.
– Estás louco; cara! Exclamou o jovem irritado.
– Não diga esta palavra. Cristo disse que quem chamar o amigo de louco será réu do fogo da geena.
– OU LOUCO! E eu que não sabia disso! 
Exclamou o jovem incrédulo, em alta voz e com espírito de zombaria. Mas logo caiu em si e tratou de se redimir com o amigo, dizendo: Sendo assim, eu sou quem devo pedir perdão, pois minha culpa é muito maior. Portanto você me perdoa?
– Não, se você não estiver disposto a almoçar comigo ainda hoje! E como já aproximava a hora do almoço, saíram direto para um restaurante nas imediações da empresa.
Mas o amigo não estava totalmente satisfeito com o desfecho do acontecido, e, em vez de ir ao restaurante, dirigiu-se à uma churrascaria e pagou uma picanha saborosa para comemorar a reaproximação do amigo.
– Não estou lhe entendendo! Primeiro eu lhe ofendo, depois você me pede perdão, eu recuso a lhe perdoar e, pior, te chamo de louco... Você me dá a maior lição de vida e ainda me paga uma picanha dessas? Que foi que deu em você?
Seu amigo disse então: “Digo-vos que assim haverá festa no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lucas 15: 7). E concluiu: Tenho o costume de praticar duas boas ações, para cada má ação que pratico.
Hanilton Di Souza
Enviado por Hanilton Di Souza em 10/11/2011
Reeditado em 27/03/2014
Código do texto: T3328523
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