QUANDO A MEDIOCRIDADE VENCE
QUANDO A MEDIOCRIDADE VENCE
ROLDO GOI JUNIOR
No ambiente de trabalho, assim como na vida comum, a mediocridade é a maioria: a maior parte das pessoas não arrisca, não inova, não se compromete, se preocupa o tempo todo em armar-se em sua própria defesa, e nunca se expõem. Para sorte dos medíocres, os inovadores correm riscos. Às vezes esses riscos se transformam em perda, os inovadores se vão, e os medíocres ficam.
A mediocridade é, também, muito conveniente: não questiona, não ameaça, não põe à prova. Convive facilmente com qualquer situação, e participa de qualquer jogo de poder.Por isso, essas pessoas ficam. E ficam também porque sabem que, se forem embora, não vão mais conseguir uma situação semelhante.
A mediocridade está presente em todos os níveis de cada sociedade ou organização. Mantém presença intensa mesmo onde a criatividade e a inovação são elementos básicos, como, por exemplo, nas artes.
Na verdade, ser medíocre é o mais fácil. Como o mato, que cresce onde nada mais nobre foi plantado E, uma vez crescido, impede o nascimento de qualquer outra coisa. Precisa ser removido por um trabalho externo, para dar lugar a plantação mais produtiva. Com as pessoas não é diferente, mas esse trabalho externo, de remoção, é muito penoso, combatido, porque a mediocridade, ao contrário do mato, reage. E reage ao seu modo, trançando teias de amarração por debaixo do pano, minando as ações, lançando pequenas armadilhas, criando obstáculos, e tudo muito nebuloso, pardacento, para que não tenha que ser assumido. E acaba dando certo, porque é pouco freqüente que haja vontade política suficiente para fazer essas remoções a qualquer custo. Eis porque a mediocridade vence. Não é uma vitória justa, bonita. Mas é real, na prática.
Percorram-se todas as empresas comerciais, de serviços, industriais, artísticas, etc..., e na grande maioria se vai encontrar a mesma situação: a mediocridade implantada, entrincheirada, e histórias sobre profissionais que tentaram isso ou aquilo, e passaram. E não faltará um sorriso irônico na boca de um ou outro medíocre, como a dizer “nós é que sabemos o que é bom ou ruim para esta empresa”. São esses que iniciam imediata destruição de tudo o que os inovadores fizeram, tão logo conseguem afastá-los de seus territórios. As exceções são empresas em que a inovação encontrou espaço próprio, domesticou a mediocridade, e a utiliza onde não pode ser daninha. Essas empresas são, invariavelmente, bem sucedidas, e se caracterizam também por não fazer alarde disso.
Medíocres e inovadores são como água e azeite: não se misturam. Mas, diferentemente desses dois elementos, não se ignoram: os inovadores se obrigam a sempre incluir a preocupação com os atos dos medíocres em seus planos de ação, e os medíocres estão sempre atentos aos passos dos inovadores para encontrar chances de colocar cascas de banana no caminho. Medíocres se aliam aos medíocres, e inovadores se aliam aos inovadores. As ligações dos medíocres, entretanto, são mais perigosas, porque são baseadas em ameaças veladas, do tipo “fica comigo porque senão jogo cascas de banana no seu caminho também”. Para um medíocre, uma casca representa risco maior que para o inovador, porque não tem energia para se levantar e prosseguir sem dano moral.
O preço que o medíocre paga é nunca se destacar positivamente. Isso não chega a ser um problema, porque o medíocre não quer destaque. Ao contrário, quanto menos notado, melhor. Às vezes, acontece o acidente inverso : o medíocre é pilhado sendo medíocre onde seria necessário inovar. Aí é um vexame, mas acontece pouco e não chega afetar a maioria.
Não há nenhuma categoria intermediária entre inovadores e medíocres: ou se é inovador, ou se é medíocre. Dentro desses dois grupos com diferentes graus de honestidade, energia, carisma, inteligência, etc., mas permanecem as atitudes básicas.
Não é só em nosso país que existe essa realidade, mas também no dito primeiro Mundo. Variam as razões de disputa, e os cacifes dos envolvidos, mas as situações se repetem. E, como somos dependentes econômicos de um sem número de multinacionais, importamos mediocridade também. Recebemos dirigentes, funcionários e decisões tão medíocres que levamos algum tempo para acreditar que é aquilo mesmo, e que não há mais nada a entender.
Qual o destino dos inovadores?
Em geral, num primeiro momento, a marginalidade profissional. Depois, os que tiverem sorte, acabam encontrando um nicho de trabalho onde a mediocridade está controlada. Outros, com tenacidade, iniciam nichos desse tipo. O restante permanece na marginalidade, ou se bandeia para atuar disfarçado dentro da mediocridade. Essa realidade é perversa, mas é a realidade, e é necessário conviver com ela. Inovadores do mundo, uni-vos! Os medíocres não sabem, mas já estão automaticamente unidos pela própria mediocridade. Cabe aos inovadores realizar esforços para mudar essa condição. Esse artigo irá trazer provavelmente algum estímulo aos inovadores. Quanto aos medíocres, não irão se ver nesse espelho. Mais ainda, irão considerar o artigo vago e inconsistente: “não sei do que o autor está falando”.
Roldo Goi Junior,
Engenheiro Mecânico formado pela Escola Politécnica da USP
Fonte : O Estado de São Paulo
Edição de 19/08/1.994
CUANDO LA MEDIOCRIDAD VENCE
ROLDO GOI JUNIOR
En el ambiente de trabajo, así como en la vida común, la mediocridad es la mayoría: la mayor parte de las personas no arriesga, no innova, no se compromete, se preocupa el tiempo todo en armarse en su propia defensa y nunca se exponen. Para suerte de los mediocres, los innovadores corren riesgos. As veces eses riesgos se transforman en perdida, los innovadores se van, y los mediocres quedan.
La mediocridad es, también, muy conveniente: no cuestiona, no amenaza, no pone a la prueba. Convive fácilmente con cualquier situación, y participa de cualquier juego de poder. Por esto, esas personas quedan. Y quedan también porque lo saben que, si fueren, no van más conseguir una situación semejante.
La mediocridad está presente en todos los niveles de cada sociedad o organización. Mantiene presencia intensa, mismo donde la creatividad y la innovación son elementos básicos, como por ejemplo, en las artes.
En la verdad, ser mediocre es lo más fácil. Como la herbaje, que crece donde nada más noble fue plantado y, una ves crecido, impide el nacimiento de cualquier otra cosa. Precisa ser removido por un trabajo externo para dar lugar a una plantación más productiva. Con las personas no es distinto, pero esto trabajo externo de remoción, es muy penoso, combatido, porque la mediocridad, al contrario de la herbaje, reacciona. Y reacciona a su modo, trenzando telas amarraderas bajo el paño, minando las acciones, tirando pequeñas trampas, criando obstáculos, y todo muy nebuloso, parduzco, para que no tenga que ser asumido. Y acaba dando cierto, porque es poco frecuente que haya voluntad política suficiente para hacer esas remociones a cualquier costo. Así es que la mediocridad vence. No es una victoria justa, bella. Pero es real en la práctica.
Recórranse todas las empresas comerciales, de servicios, industriales, artísticas, etc… y en la gran mayoría se va a encontrar la misma situación: la mediocridad implantada, atrincherada, y historias sobre profesionales que intentaran esto o aquello, y pasaran. Y no faltará un sonriso irónico en la boca de un mediocre, como a decir” nosotros es que sabemos lo que es bueno o malo para esta empresa”. Son eses que inician inmediata destrucción de todo lo que los innovadores hicieran, así que consiguen alejarlos de sus territorios. Las excepciones son las empresas en que la innovación encontró espacio propio, domesticó la mediocridad, y la utiliza donde no puede ser dañina. Esas empresas son, invariablemente, bien sucedidas, y se caracterizan también por no hacer alarde de esto.
Mediocres y innovadores son como el agua y el aceite: no se mezclan. Pero, distintamente de esos dos elementos, no se ignoran: los innovadores se obligan a siempre incluir la preocupación con los actos de los mediocres en sus planos de acción, y los mediocres están siempre atentos a los pasos de los innovadores para encontrar chancees de colocar cascas de plátano en lo camino. Mediocres se alían a los mediocres, y innovadores se alían a los innovadores. Las ligaciones de los mediocres, entretanto, son más peligrosas, porque son embasadas en amenazas veladas, del tipo: “quédate conmigo porque si no tiro cascas de plátano en tu camino también”. Para un mediocre, una casca representa mayor riesgo que para el innovador, porque no tiene energía para se levantar y proseguir sin daño moral.
El precio que el mediocre paga es nunca se destacar positivamente. Eso no llega a ser problema, porque un mediocre no quiere destaque. Al contrario, cuanto menos notado, mejor. As veces, acontece el accidente inverso: el mediocre es flagrado sendo mediocre donde sería necesario innovar. Entonces es vejatorio, pero acontece poco y no llega a afectar la mayoría.
No hay ninguna categoría intermediaria entre los innovadores y mediocres: o si es innovador, o si es mediocre. Dentro de esos dos grupos con diferentes grados de honestidad, energía, carisma, inteligencia, etc… pero permanecen las actitudes básicas.
No es solo en nuestro país que existe esa realidad, si no también en lo dicho primer mundo. Varían las razones de disputa y el precio de los involucrados, pero las situaciones si repiten. Y, como sumos dependientes económicos de un sin número de multinacionales, importamos mediocridad también. Recibimos dirigentes, funcionarios y decisiones tan mediocres que llevamos algún tiempo para creer que es aquello mismo, y que no hay más nada a entender.
¿Cual es el destino de los innovadores?
En general, en un primero momento, la marginalidad profesional. Después, los que tuvieran suerte, acaban por encontrar un nicho de trabajo donde la mediocridad esta controlada. Otros, con tenacidad, inician nichos de esto tipo. El restante permanece en la marginalidad, o se bandea para actuar disfrazado dentro de la mediocridad. Esa realidad es perversa, pero es la realidad, y es necesario convivir con ella.
¡Innovadores del mundo, unid! Los mediocres no lo saben, pero ya están automáticamente unidos por la propia mediocridad. Cabe a los innovadores realizar esfuerzos para cambiar esa condición.
Ese artigo, irá traer probablemente algún tipo de estímulo a los innovadores.
Cuanto a los mediocres, no irán se mirar en esto espejo. Más aún, irán considerar el artigo vago y inconsistente: “no lo sé de que el autor está hablando”.
Roldo Goi Junior,
Ingeniero Mecánico formado por la Escuela Politécnica de la Universidad de San Pablo (POLI-USP)
Fuente: Diário: “O Estado de São Paulo”
Edición de 19/08/1.994
Traducción: Marco Antonio Pereira
29/12/2006