Quando a Ignorância é Sinônimo de Progresso

Por: Isartene Esunga

Quando a Ignorância é Sinonimo de Progresso

Era uma vez uma corrida… de sapinhos. O objectivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles. Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: “Que pena!!! Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir.” E os sapinhos começaram a desistir. Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo A multidão continuava gritando: “Pena!!! Vocês não vão conseguir.”

E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava tranquilo, embora arfante.

Ao final da competição, todos desistiram, menos ele. A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido. E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

A experiência ilustra a forma como muitas das vezes temos sido vítimas das circunstâncias e presos pelo contexto. Naturalmente a nossa vida tem seguido o mesmo ritmo do negativismo das pessoas face aos sonhos e planos que muitas das vezes almejamos para o futuro. A gente tenta avançar com planos bem erguidos, mas nos parecem que as vozes das pessoas com péssimo hábito do negativismo, tomam porto nossos sonhos. Mesmo assim a gente tenta avançar e de novo quando surgem os contraditos; as pessoas começam especular por demais, no oceano de dúvidas ainda dizem: “Tanta lata a muita vergonha.” As vozes tomam conta do nosso estado de espírito, sem a gente perceber as pessoas ditam o nosso comportamento, no alheio e no vazio bebemos as lamúrias até decepar de nós a esperança. Neste caminho da vida imbuídas nos sonhos e planos, acabamos por desacreditar em tudo, perdemos a esperança mas com a graça, o futuro é mais um ponto de interrogação; pessoas que confiavam em nós perdem a confiança diante de tantas especulações espalhafatosas no silêncio, outros nem por isso, até chegam a ser mais compreensível achando que só nós devemos dar respostas face as especulações.

Como Deus não realiza milagres diante de tanta coisa inversa, mesmo com a possibilidade da graça e enxergamos com os olhos da alma, pensamos sempre que não somos capazes de atravessar o mar da dificuldade que beija frequentemente nossos ideais; até chegamos a pensar que se existe pessoas que devem sonhar e ter planos não somos nós, talvez alguém, menos eu.

Mas acreditamos que diante da experiência e da ignorância no empirismo nasceu a ciência, aprendemos que nenhuma teoria é absolutamente perfeita, e que na sua elaboração; também sofreu o estigma do negativismo, mas devido a ignorância provocado pela loucura e paixões de sonhos individuais, tornaram realidades seus sonhos e planos. Alguns ficaram atrás e nada fizeram para o universo, ouviram as vozes do negativismo e por ouvirem, se perderam no vazio, consequentemente seus nomes só entraram na história da humanidade quando nasceram, enquanto outros entraram quando morreram, e ainda hoje, são pensamentos vivos. A coragem de viver e crer, os tornou imortal dentre os homens, marcaram épocas com suas fabulosas teorias no que diz respeito ao conhecimento filosófico, religioso, cientifico e popular. Esses homens nunca olharam para as circunstancias e a forma como o contexto os atormentava e imputava suas realizações e sonhos.

Nada substitui, no entanto, a criatividade do pesquisador “sonhador”. Feyerabend, num trabalho denominado “Contra o Método” (1989), observa que o progresso da ciência está associado mais à violação das regras do que à sua obediência. “Dada uma regra qualquer, por fundamental e necessária que se afigure para a ciência, sempre haverá circunstâncias em que se torna conveniente não apenas ignorá-la como adoptar a regra oposta.” Em “Estrutura das Revoluções Cientificas” (1978), Thomas Kuhn reconhece que nos diversos momentos históricos e nos diferentes ramos da ciência há um conjunto de crenças, visões de mundo e de formas de trabalhar, reconhecidos pela comunidade cientifica, configurando o que ele denomina paradigma.

Porém, para Kuhn, o progresso da ciência se faz pela quebra dos paradigmas, pela colocação em discussão das teorias e dos métodos, acontecendo assim uma verdadeira revolução “a que chamamos de revolução progressista.”

A ignorância é um dos factores preponderante no avanço de qualquer pensamento, embora um ignorante, solto no vazio sem discernimento produz o maior resultado da tolice; mas precisamente um ignorante com alvos e firmeza no que se espera, e no que seu desejo de querer absoluto for notável, no entanto não estará longe do progresso no âmbito geral de suas aspirações.

Se o tempo todo vivermos pelo que as pessoas pensam de nós, então nunca chegaremos ao progresso. Sempre tenho dito a muitos amigos: “Não me importo pelo que as pessoas dizem ou pensam de mim, simplesmente me importo pelo que Deus pensa de mim e no que penso realizar amanha em prol de Sua preciosa obra.”

As pessoas falam e é comum que elas falem, a respeito de qualquer comportamento que nós mostramos na vizinhança, na igreja, nos amigos, na família, no trabalho, na escola ou mesmo em sítios de lazer. Mas é importante lembrarmos que não são as pessoas que nos dão o progresso ou o alvo que sempre nós almejamos no futuro, tudo vem depois de um trabalho bastante rigoroso no cardápio da abstinência, humildade, avidez e no grau de fé que depositamos em Deus.

Vale a pena a vida nas mãos de Deus do que nas mãos dos homens, não querendo menosprezar a classe dos anjos em forma humana “isto na pessoa dos bons e leais amigos” que também nos ajudam a atravessar o mar das lamúrias e do preconceito.

Bem, talvez o termo ganhou popularidade face aos preguiçosos “uma palavra basta para um bom entendedor,” mas para o sábio basta um V para crer na vitória e num J para crer em Jesus. O mundo ainda espera por nós, há muitos que estão na estrada da dúvida que pela agonia lançaram-se no abismo do cepticismo, porque não conseguiram enxergar esperança além das suas teorias, não enxergaram com os olhos do espírito, preferiram ouvir o mundo, a multidão, prefire ouvir as pessoas. Desacreditaram-se no ouvir, e imputaram seus planos e sonhos até que o coveiro da perdição os cobriu. As pessoas são assim: “algumas falam e não ajudam, prometem e não cumprem, criticam e não opinam, murmuram e não buscam verdade, especulam e não tentam entender os motivos;” ouvir no que elas dizem é bom, mas não é produtivo e nem sempre construtivo.

Caro leitor e sonhador: não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubam o muro de suas aspirações e mais sábias esperança que por natureza e direito tens de Deus. Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos, o remédio só cura com a aceitação da consciência. Em tudo podemos basta o querer e o fazer estar mais alto do que as circunstancias; com a mente podemos criar um mundo, é como o íman que atrai tudo quanto for metal, ou seja: “pensamentos poderão se transformar em coisas concretas” só com a mente e poder da palavra, nada de pressa, a vitória se alcança no silêncio dos nossos passos que damos na estrada da vida.

Seja positivo!!!

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Isartene Esunga

Isartene Esunga
Enviado por Isartene Esunga em 28/10/2011
Código do texto: T3302824
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