*TRATADO DE VERSALHES
O “Tratado de Versalhes” assinado em 1919, pelo governo Alemão, oficializou o término da primeira guerra mundial, criou a Liga das Nações e, ao mesmo tempo, serviu de chocadeira para aquecer e alimentar o embrão da segunda. Os termos desse contrato obrigavam a Alemanha a assumir toda e qualquer responsabilidade pela criação da guerra, o pagamento de quantias exorbitantes às nações da “ Tríplice Entente “, a perda de parte de seu território , de todas as colônias oceânicas e do Continente Africano, a redução de seu exército a um contingente de 100.000 soldades e a obrigação de reconhecer a independência da Áustria. Consequentemente, a população alemã não recebeu de bom grado tais imposições e, paulatinamente, um sentimento de revolta aliado a necessidade de mudanças, fora catalisando-se até a queda da “República de Weimar”, e a hegemonia do partido Nacional-Socialista ( Nazismo ), complementadas com a ascensão de Adolf Hitler ao poder em 1933. A partir desse contexto a Alemanha entrou numa fase de pesado investimento em sua produção industrial, levando-a a um expressivo crescimento sócio-economico conhecido por III Reich...Foram lançadas então, as premissas para uma reação futura às obrigações contidas no Tratado. O bolo começou a fermentar e, toda e qualquer digressão interna , passou a ser punida com atos de violência extremada pelo nazismo evidente. Em 1937, a Alemanha assinou com a Itália e o Japão um acordo anti-comunista, fertilizando desse modo, a eclosão dos países do Eixo.
Aqui no Brasil, o presidente da República, Getúlio Vargas , aplicou em 1937, um golpe de estado conhecido como Estado-Novo, com o apoio da classe média e os militares, usando o pretexto de prevenir-se de uma possível invasão comunista liderada pela União Soviética. Determinados acontecimentos anteriores serviram de suporte como a "Intentona Comunista " em 1935, articulação revolucionária comandada pelo ex-tenente de exército Luís Carlos Prestes, depois preso durante oito anos e, sua esposa “Olga Benário” , extraditada para a Alemanha onde chegou a falecer em Campo de Concentração. O poeta e escritor Graciliano Ramos aproveitou sua prisão para escrever Memórias do Cárcere.