Verde que te quero ver-te...
Verde que te quero ver-te...
Ao longo dos anos, nossa cidade tem sido elogiada por proporcionar aos nossos munícipes uma das melhores qualidades de vida do país. Certamente uma das coisas que contribuíram para alcançarmos tal status, foi a nossa farta arborização, herança de um passado distante, que encheu de verde nossas principais ruas e avenidas. Porém é publico e notório que muitas árvores que se encontram hoje ao longo de nossas calçadas estão totalmente fora dos padrões.
Arvores de tamanhos inadequados, que tornam difícil ou quase impossível a utilização dessas calçadas pelos pedestres que necessitam desses espaços como em toda cidade em franco desenvolvimento. Outro dia parado em um semáforo até me assustei ao ver uma enorme araucária em um canteiro central de uma avenida movimentada, logicamente que ali não é o melhor lugar para o plantio desse tipo de árvore. Mas convenhamos, para continuarmos desfrutando de um ar no mínimo respirável, nossas arvores são fundamentais.
Em contrapartida percebo também que algumas árvores anoitecem e não amanhecem, sem que haja autorização alguma, espertalhões se aproveitam da calada da noite para retirar da frente de suas casas ou estabelecimentos comerciais arvores inteiras. A moto-serra tão temida na Amazônia também tem feito suas vitimas indefesas por aqui e o replantio dessas arvores não está acontecendo, o que se configura da mesma forma em crime ambiental.
Outro dia entrou em vigor uma lei para padronizar nossas calçadas, lei esta elogiável, diga-se de passagem, mas não seria hora também de adequarmos nossas queridas arvorezinhas? Se cada um fizer a sua parte, substituindo arvores inadequadas em seus terrenos urbanos por outras indicadas, vamos estar contribuindo sobremaneira para a continuidade da melhoria das condições de vida por aqui.
Caros leitores, a qualidade de vida em nossa cidade está diretamente ligada ao numero de espaços verdes que cultivamos. Vamos fazer a nossa parte, cuidando, fiscalizando e principalmente repovoando áreas que foram desmatadas, mas tomando o cuidado de replantar espécies nativas e adequadas aos centros urbanos.
Só assim poderemos deixar às gerações futuras, uma cidade ainda melhor, com qualidade do ar, com verde em abundância, pois a continuar o aumento do numero de carros nas ruas e o desaparecimento de arvores nas madrugadas regidas ao som da moto-serra, certamente não teremos muito a comemorar, mas sim a lamentarmos por esse temeroso engano.
Pensem nisso...
Adilson R. Peppes.