Na energia do abraço

É incrível ver como vêm à tona os pensamentos no final do ano, como que querendo ser contabilizados, enquanto os projetos e as metas do ano seguinte estouram feito fogos de artifícios.

Não que a violência e o egoísmo humano sumam de uma semana para a outra, porém, neste período, o mundo todo se volta para uma energia mais fraterna. Acabamos por criar uma “personalidade congênita” – Nos lançamos em uma teia de sentimentos e pensamentos, que balançam na magia do Natal e vibram com a energia de celebração e renovação.

E nestes finais de ciclos surgem os momentos perfeitos para analisarmos a “obra” feita durante o ano. Enxergar o que está de acordo com a nossa Reforma Íntima, com a nossa proposta de evolução. Os projetos idealizados anteriormente foram colocados em prática? E de qual forma estes foram bem ou mal sucedidos?

Façamos a manutenção do que já conquistamos, arando e nutrindo as nossas terras para a construção de um novo caminho, afinal, na natureza nada se perde, tudo se transforma seguindo o ciclo da vida.

Mas, o maior dos nossos objetivos talvez não seja realizar todos os projetos e promessas. A maior de nossas realizações será quando levarmos este sentimento natalino e a energia de renovação do Réveillon durante o ano todo. Fazer de todos os abraços, um abraço de ano novo, de todas as refeições em família uma grande ceia, por mais simples que sejam, um grande momento de fraternidade.

A felicidade está nas coisas simples da vida, num simples olhar apaixonado, naquele abraço entre pai e filho, na alegria de matar uma grande saudade. Na perfeição divina das flores e da natureza. A felicidade de uma vida vivida de coração, da entrega a si mesmo. Da força de realizar a nossa Reforma Íntima, colocando a mão na massa sem medo de simplesmente Ser, pois enquanto formos escravos dos pensamentos degenerativos de nossas mentes, estaremos negando a própria vida, sobrevivendo ao invés de Viver.