A PÁTRIA
O MENSAGEIRO
ÓRGÃO DO CENTRO ESPÍRITA OLHAR DE MARIA
SETEMBRO/1978
A PÁTRIA
“Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”.
Sim, quis o Senhor dos Mundos abençoar este belo país e deu-lhe todos os meios ao alcance do homem para que se distinga das outras nações. Claro que não quero dizer tenha o Brasil superioridade, de um modo geral, sobre nações reconhecidamente progressistas, desenvolvidas, enquanto somos nós considerados sub-desenvolvidos. Mas, sim, reporto-me à beleza natural de nossa Pátria e as suas riquezas regionais, promissoras de grande progresso no futuro, riquezas sob diferentes aspectos, espalhadas em seu solo de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
E como podemos nós agradecer a Deus, como brasileiros que somos por tão maravilhosa dádiva?
Amemos o Brasil, mas que esse amor não fique só nos cartazes, nas propagandas e sim sentindo-o em nossas ações, em nosso trabalho digno e honesto, nobre e construtivo, com objetivo sadio e útil em prol da felicidade do nosso povo e da paz e harmonia em toda a extensão da nossa terra.
Que os nossos governos procurem preocupar-se com que sejam seus mandatos períodos sucessivos de esforço conjugado com a mesma finalidade: união fraterna, compreensão e entendimento numa sementeira pródiga de direitos e deveres para as realizações necessárias ao bem do povo e progresso e evolução dos pais, destinado a ser, em tempos futuros, a Estrela do Planeta, a Âncora da Esperança para todos quantos aqui aportarem, trazidos pelo intricado labirinto do destino e das circunstâncias.
Hoje, Sete de Setembro, data que comemoramos mais um ano de sua Independência, ao Brasil, em que te desvencilhar-te das grilhetas que te almejavam ao outro povo, rendo o meu peito de homenagem àquele que te libertou o entusiasmo galhardo de sua Mocidade e que, apesar de não ter em suas veias o sangue do solo que pisava, sentia por ti o amor de um brasileiro nato e, por isso mesmo, enfrentou a fúria da nação irmã, onde havia nascido consciente da responsabilidade assumida e confiante em si mesmo na sua intrepidez.
E a ti, meu Brasil, minha homenagem.
Nestes versos despidos de beleza.
Mas que em si guardam a tua imagem.
De amor gravado na grandeza.
Para os teus filhos que por te mourejam
Nas lutas redentoras que reclamam:
Amor, suor, coragem em que adejam.
Asas sutis de esperança que em ti ama.
Nos esplendores do teu céu azul.
Em que a cruz de estrela a brilhar se estende.
Enfrentando tuas noites de encanto mil.
Astros a coruscar de Norte a Sul.
Com o fulgor da luz que em ti resplende.
Porque para nós Deus te mandou o Meu Brasil.
Catulo Cearense – Rec. pela médium H. Fernandes no CEOMAR .