Eu era assim com ela..., “unha e dente”. Todos os lugares que eu freqüentava, ela estava presente: nas festas, nos bate-papo com amigos... e olha que eu convivia há bastante tempo com ela. Até depois de casado eu continuei mantendo esse convívio e, embora decidindo separar-me dela, muitas vezes não consegui porque ela me atraía cada vez mais. Uma vez me disseram que se eu não a abandonasse logo, ela iria exigir muito mais de mim e eu, dificilmente, me separaria dela. E foi exatamente o que aconteceu. Ela me acordava bem cedinho, de madrugada ainda e, a partir desse momento, todas as madrugadas acontecia o mesmo. Eu já não mais conseguia livrar-me dela realmente.
                              Decidindo-me abandoná-la, parece que não ficou muito satisfeita e passou a tentar derrubar-me só porque já não mais encontrava-nos como era de costume. Foi fazendo com que eu perdesse a moral, dando vexames atrás de vexames, esquecer da minha esposa, filhos, pais, amigos, enfim, de todos aqueles que realmente se preocupavam comigo. E, em apenas duas vezes que encontravamo-nos por dia, fazia com que eu esquecesse até de mim mesmo. Esta amante de quem eu estou falando era a CACHAÇA.
                              Mas uma vez eu parei para pensar sobre tudo aquilo, e vi que ela já não me atraía mais, só tinha me dado dores de cabeça e abandonei-a totalmente porque encontrei uma amante muito melhor, que me abriu os olhos, e que não era muito de ficar nos bares à espera de alguém para se sentar com ela. E, hoje, eu vivo constantemente com ela porque, apesar de ser minha amante, fez com que eu voltasse para a minha mulher, meus filhos, minha mãe, meus amigos, enfim, para todos aqueles que realmente se preocupavam comigo.
                              Esta nova amante de quem estou falando tem um nome tão pequenino, mas um coração imenso. Ela se chama AA.