A ESTRELINHA E A NUVEM

A ESTRELINHA E A NUVEM

Era um dia atípico de primavera...

O sol resolveu despertar mais cedo, que o costume e as nuvens vieram prematuramente.

Uma pequena Estrelinha, ainda cochilava, quando o sol apareceu.

Assustada despertou e apressada, saiu correndo para alcançar as amigas que iam sumindo uma a uma.

Mas no seu caminho, não viu que uma Nuvem acabará de formar-se e na sua correria acabou chocando-se com ela.

Seus olhos se cruzaram em uníssono.

A estrelinha atrapalhada consertou seu brilho, pediu desculpas e foi saindo devagar.

Mas, inexplicavelmente seu coração bateu descompassado, suas pontas estavam tremulas suas mãos geladas, apaixonara-se pela Nuvem.

Por outro lado, a Nuvem enamorada, afastou tanto passagem para a Estrelinha, que ia para seu destino.

Também ela foi tocada por um magnetismo especial.

Não pode esquecer a Nuvem, foi uma paixão fugaz. Pensava a Estrelinha.

Esperava encontrá-la novamente, ter mais um desses dias, atípicos, dizer-lhe que apesar das diferenças e dos obstáculos que existia entre eles, ela a Estrelinha o amava, e estava disposta a fazer qualquer coisa para vê-lo novamente.

Pediria aos deuses, para que intercedesse em favor deles, se fosse preciso.

Em seu coração algo lhe dizia que ela a Nuvem, também havia sentido algo, percebeu em seus olhos doces e ternos, mas como encontrá-lo novamente para dizer-lhe isso?

Resolveu valer-se do Vento, um velho amigo, que assoprava durante o dia e a noite, levando frescor.

Pediu ao amigo, que dissesse a Nuvem o quando ele era amado, e que ela jamais se esqueceria que um dia esteve lado a lado, mas faria de tudo para encontrá-lo e se não fosse possível seriam a Nuvem e a Estrela na vida um do outro, e brilhariam intensamente para os eternos namorados na noite de luar.

A Nuvem ouvia o Vento com expressivo interesse e, quando terminou o colóquio, a Nuvem disse:

Vá meu amigo e diga a Estrelinha, que não tenho pouso certo, pois quando você passa apressado me assoprando, me desfaz por inteiro.

Mas por onde eu me formar, lembrarei de sua luz, e nas noites enluaradas estarei em forma de esperança em seu coração e no daqueles que fazem juras de amor eterno nos bancos da praça.

E nas noites de lua cheia, a Estrelinha brilhava com tanto amor, que as pessoas enamoradas á olhavam e se enchiam de esperança...

Escrito por: Clemilza Maria de Oliveira Morais

Clemilza Maria
Enviado por Clemilza Maria em 15/09/2011
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