COM DOR, AMOR, JESUS, NASCI

Era uma vez, um casal bem estrelado, meio nuvem e meio melado, santificado pelo vosso reino, alimentado sob vossas saudades, escurecidos por inimizades, saboreando a vida, e sendo saboreados pelos seus destinos, que por vezes eram toscos, ou cheio de magia. Eis que retiro cenas dessa típica aliança dos afazeres puros, vermelhos ou preto, branco ou veste, quer, quem me quer, sou para vir, sem virar o que serei, assim, assim.

Tudo velho, nada de novo, só mais uma apresentação de terceira para primeira, sem pausa, com dor, pavor, ardor, ilusão para uma canção. Quem sabe; Quem sabe!

É fato que um ignorante sempre se desespera quando se sente oprimido apenas pelo pensamento. Isso tende a ser uma questão, pois coloca em cheque todo um contexto, amor e versão.

O que suponho dizer meus caros leitores, é que num rio largo de idéias tão vacilantes, a fonte é tão limpa quanto às virtudes, e o amor é tão sublime quanto à dor, sim a dor, que dor, como dói. É nela que me presto a escrever este texto.

A dor como um movimento determinista, alimentada em tese por uma questão de impulsos, por vezes estabelecida no tédio do descontrole energético, dado a crença, tende sempre a se chocar e se anula com outro sentido. Pois vejam, "suponho dizer e digo o que diz o dicionário." Mas o amor, ah, esse é o extremo de solicitações que permite ao outro ceder ou barrar o encanto.

--- Quero filhos,

Para quê?

--- Alimentar meus olhos, serem minhas vestes, amar minhas sombras, rir do meu penteado, ou simplesmente ser meu espelho.

Então durma e tente?

--- Sim, mas enquanto isso me engane.

...

Por vezes o amor de uma mulher pode negar a liberdade em prol do pudor, amanhã pode ser a vez do homem, e finalmente acabar com o reinado do rei, ou quem sabe identificá-lo sem pedrinhas e sem tapete. Certa vez ouvi dizer que a diversão para a nobreza, era um negócio lucrativo, senão fora dos negócios, a melancolia estabelecia moradia, e que para a prole, festas era sinônimo de libertação. No entanto hoje, não serei um libertino, serei o mendigo em volta das toalhas, à procura das migalhas, esperançoso pelo pão, agonizante em teu espírito, pobre na decisão, fascista moralista.

--- Filho tire-me dessa inércia inacabada.

Certamente querido, mas como?

--- Apenas diga-me tudo que eu te disse durante toda uma vida, e deixe claro que seu sucesso veio da minha manipulação.

E se não sê-lo?

--- Serei teu morto, assim como o morto que navega sem tu, sem mim, sem pai. Sim, sim ohh Pai.

Liberta-te querido, pois teu filho irá ser o redentor das tuas culpas, e sangrará para seu deleite para tais decisões.

...

Durante toda essa vasta troca de energia, surge uma mais forte que a outra, e mais forte, e mais forte, que de tanto forte, troca o amor pela dor, pois a dor nada mais é do que um engano da vida, uma permissão sem questão, um corpo vagando no infinito, sem dono, sem casa, sem tratamento, sem visão ou versão.

O que suponho dizer caríssimos, não tem nenhuma ligação com doenças, envelhecimento de órgãos, células, nem tampouco coesão afetiva com o amor de duas pessoas. A claridade desta questão advém da doença como causa da inércia, amor xomo consequência do egoísmo, e a dor como o extremo de todas as situações, bastando apenas outra chave para desligar todo esse barulho.