A nova história do pequeno Jean e sua família
Um garoto veio pedir dinheiro pra comprar alguma coisa.
Era um garoto bonito de 8 anos, olhos verdes, sorriso aberto e franco, usando sandálias de dedo.
Uma pessoa do local entrou em cena e ofereceu que ele levasse algumas revistas, usadas é claro. O poeta ajudou a escolher e o garoto foi embora. Seu nome é Jean.
Estava acompanhado da mãe, Silmara, e da avó, Maria.
A mâe tinha um problema na perna, andava com dificuldade. Pessoas simples de tudo.
Jean pede dinheiro para comprar alguma coisa pra comer. O poeta decide oferecer almoço para os três.
Chegam num local lá perto que tinha almoço por quilo. O porta diz para servirem-se à vontade. Dá pra imaginar o tamanho do prato que cada um fez.
A família ficou feliz diante de tanta fartura e variedade. E o poeta mais ainda, por poder proporcionar-lhes toda aquela alegria.
Durante o almoço, a mãe diz ao poeta que tinham ido naquele lugar pra ver se conseguiam uma TV, que ainda não tinham.
A TV seria importante para eles, em especial para o Jean e seu irmão de trës anos.
O poeta sente um arrepio, daqueles que vêm e vão pros confins da alma. Sempre sente isso quando uma coisa bem importante está prestes a acontecer.
Lembrou que estava participando de um concurso, no qual precisava escrever uma frase sobre a melhor viagem que fez com seu pai.
O pai do poeta tinha morrido 9 anos antes. Tinham sido grandes amigos e a saudade ainda espremia seu coração por vezes. Por tantas e infinitas vezes.
O prêmio para a melhor frase era um fim de semana pra duas pessoas num hotel do Guarujá. O poeta iria com a sua amada mulher se ganhasse e levaria seus filhos queridos.
O segundo prêmio era uma TV LCD de 32".
O porta inscreveu uma frase sintetizando a vida que teve com seu pai, utilizando apenas 20 palavras. A frase foi essa: a nossa viagem começou no afeto, passou pelo companheirismo e foi acabar numa grande saudade.
Para o poeta, essa não foi uma tarefa difícil, porque amava muito o pai e porque adora brincar com as palavras. Fazia isso desde sempre.
A mão do garoto comentou que ele perdera o pai há pouco tempo e que não gostava muito de ir à escola.
Coisas de moleque, pensou o poeta, que tem dois filhos, 11 e 15 anos.
O poeta sente que aquilo foi um sinal. Certamente vindo de Deus.
Disse pro garoto que se ele nunca mais deixasse de ir à escola, ganharia de presente a TV do concurso. Essa TV seria originalmente um presente para o seu filho.
O garoto se ilumina com a possibilidade de ganhar um presente tão especial, certamente seu grande sonho da vida. Ele diz que quer se médico.
O garoto aceita a proposta. Fica feliz da vida.
O garoto pergunta, do alto dos seus oito anos. "É de tela plana?", "Sim", responde o poeta". "Tem controle remoto?" "Sim, responde o poeta". "Tem DVD?" "Sim". "Vem com joguinho?" "Sim".
O poeta repete as condições do trato. O garoto concorda.
Talvez tenha sido o primeiro trato feito na sua vida.
Jean vai pegar a sobremesa. Pega três gelatinas, um pedaço de melancia e uma torta, da qual não gostou muito, dando para sua mãe comer.
O poeta vai pagar os almoços e o garoto pede um sorvete, que o poeta também oferece à sua mãe e avó.
O poeta pega o endereço e telefone deles, prometendo levar a TV se ganhar no concurso. Palavra de poeta.
Na hora de ir embora, a avó pede ajuda pra pagar a condução da mãe, o poeta dá.
Despedem-se e o poeta segue o seu caminho.
Jean, a mãe e a avó fazem o mesmo.
O poeta tem a certeza de que a possibilidade da ganhar a TV LCD 30" mudou a vida daquele garoto e da sua família.
Essa história é absolutamente verídica e aconteceu comigo hoje, 11/8/11.
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14/8/11 - Hoje, Dia dos Pais, fui com meu filho mais velho, David, na casa de um amigo médico, Carlinhos, que mora no meu condomínio. Ele é casado também com médica, Inês, e tem 3 filhos. Adotaram há uns dois anos o Miguel, que a Inês comheceu numa creche. O Miguel teve menigite e sofreu maus tratos que prejudicaram as suas funções cerebrais e motoras. O casal e seus filhos estão suprindo o que for possível para ajudar o Miguelzinho, em especial dando carinho, amor e atenção. O Miguel é um garoto muito especial para todos nós.
Contei para o Carlinhos a história do Jean e senti o mesmo arrepio da primeira vez, sinal que estou conectado com o Criador.
Resolvemos (eu, Carlinhos, David e o filho dele, Lucas) ajudar o Jean no que pudermos, em especial no que se relaciona à sua educação. Seremos tutores dele e "usaremos" a TV de plasma como "ferramenta" neste processo de ajuda. O Carlinhos ligou pra ele, identificando-se como médico e reforçando o nosso propósito concreto de dar-lhe a TV se ele levar o estudo a sério. Combinamos (os quatro) de visitá-lo na semana que vem na casa dele.
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15/8/11 - Liguei pra casa dele e falei com a avó Maria. Disse que o Jean tinha saído com a mãe e que foi à escola!
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16/8/11 - Conversei com o Jean e recebi uma ótima notícia: ele foi novamente à escola. Perguntou sobre a TV e respondi que o resultado do concurso só sairá na semana que vem. Falei pra ele continuar indo à escola e fazendo suas tarefas, que daremos um jeito pra que ganhe a TV.
Perguntou se poderia ir hoje à casa dele pra "levar alguma coisa". Disse que iria no final de semana com o médico, Carlinhos.
Consegui hoje duas novas importantes adesôes nesta empreitada visando mudar a vida do Jean e de sua família (certamente vamos ajudar mais gente num segundo momento!): um amigo, Luis, com quem ando diariamente no ônibus em direção ao trabalho e que é formado em Matemática e que poderá ajudá-lo com essa matéria e a Da. Olívia, uma simpática senhora que trabalha comigo e pra quem mostrei a frase que mandei para o concurso em que será sorteada a TV. Ela gostou, ficamos emocionados e disse que tenho grandes chances de ganhar (tomara que Deus ajude!). A Da. Olívia se propôs a ajudar no material escolar do Jean!
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19/8/11 - Soube ontem que não ganhei a TV no concurso. Acho que isso foi até bom, porque se a tivesse ganho, teria que dá-la ao Jean conforme combinado. Dessa forma, talvez até atrapalhasse neste esforço que faremos no sentido de cuidarmos da sua educação, já que ele teria um forte estímulo para ficar em casa e faltar às aulas. Pretendo no domingo ir à casa dele com meu amigo médico Carlinhos, se possível acompanhado dos nossos filhos, para darmos prosseguimento ao nosso objetivo. Tenho ligado para o Jean todos os dias, perguntando se tem ido à escola e as respostas têm sido positivas. Percebo que o garoto está feliz e animado com a nossa ajuda.
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Queremos ajudar mais pessoas, pois entendemos que seremos desta forma uma ferramenta produtiva do Criador. A ideia é formarmos grupos com diferentes idades, formação, atividade pessoal ou profissional, visão espiritual (se tiver), etc. para que possamos, dentro das nossas disponibilidades, contribuir para melhorar a vida de pessoas. Isso vale para todas regiões do país. Quem quiser participar conosco destas empreitadas ou contribuir de alguma forma na sua formatação, o meu contato é oscar@vidaescrita.com.br
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