IMAGEM DE PAI

Existe um homem que se esmera no cumprimento do dever para dar bom exemplo;

que fica humilde, quando poderia se exaltar;

que chora à distancia a fim de não se observado;

que, com o coração dilacerado, se embrutece para se impor como juiz inflexível;

que, na ausência, usam-no como temor para evitar uma ação menos correta;

que, quase sempre, é chamado de desatualizado;

que, apenas fisicamente, passa o dia distante, na labuta, por um futuro melhor;

que ao fim da jornada regressa ao lar para levar muito carinho e, às vezes, pouco receber;

que está sempre pronto para ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa ser imitada;

que, muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos da vida, para transmitir ensinamentos sem as naturais vicissitudes;

que, quando extenuado, ainda consegue energias para distribuir confiança;

que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto que lhe é dado raramente e de forma pouco comunicativa;

que vibra, se emociona e se orgulha pelos fatos daqueles que tanto ama.

Esse homem, geralmente, se agiganta e passa a ser valor inexorável quando deixa de existir para sempre.

Nunca perca, pois, a oportunidade de devorar muito carinho e amizade àquele que é seu melhor amigo: SEU PAI.

Mário Ottoboni

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 13/08/2011
Código do texto: T3158680
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