Equilibrando a humanidade com suavidade

A fórmula do equilíbrio

Quando o número de habitantes da Terra atingiu 2 bilhões (teria sido no início do século XX?), a entidade internacional que congregava os países civilizados (A ONU já existia?) deveria ter ligado o alerta amarelo no sentido de orientar cada povo quanto aos riscos que tal crescimento descontrolado poderia causar ao planeta e aos seus habitantes dentro de 80 ou 90 anos.

Não temos registros se tal alerta foi divulgado. Caso tenha sido, provavelmente os dirigentes de cada nação devem tê-lo ignorado, pois para eles, quanto mais gente estúpida existir pagando impostos sem reclamar, mais fácil tentar imortalizar suas diretrizes e obter “reeleições” sucessivas através de engodos que servem como paliativos aos problemas que afligem povos que crescem sem estrutura adequada. Mal comparando, Imaginem um restaurante com 150 lugares que se torna famoso por uma iguaria qualquer e na semana seguinte, está lotado com mais de 300 na fila ansiosos por entrar. Com certeza não darão um bom atendimento a nenhum deles e acabarão perdendo os clientes iniciais que valorizavam o conforto, além do bom refogado.

Enquanto não descobrirmos no espaço uma nova fonte de recursos para nos mantermos vivos e com algum conforto, temos o dever, pela necessidade de sobrevivência, de usar e reciclar em tempo correto os recursos que não são infinitos. Prática que não vem sendo executada corretamente pelos responsáveis pelas devastações das fontes de energia do planeta.

Se na época citada acima, existisse a honesta preocupação com o bem estar de todos, teria sido aplicada uma fórmula (sob forma de Lei) no sentido de se efetuar um planejamento familiar com o qual teríamos intimidade após comprovar sua eficácia após 5 anos de uso. Tudo é uma questão de adaptação. Apesar do clima tropical quente de nossa terra não usamos ternos na maioria das atividades profissionais? Que eu me lembre, somente Jânio Quadros tentou abolir esta prática quando governou nossa pátria.

Em relação à fórmula do equilíbrio da natalidade, se Matemáticos forem desafiados, em 5 minutos surgirão dezenas de equações válidas. Como estou levantando a bola para criar a polêmica, explano a minha em 1ª. mão e tento justifica-la. Até quem está cursando a 3ª. série do 1º. grau vai entende-la.

N = F + ( F / DC ) x E

Convenções:

N = Nascimentos estimados para o próximo ano, com margem de tolerância de 1% para mais ou para menos.

Se acontecer para menos, a diferença pode ser acrescida excepcionalmente no ano subseqüente.

Se acontecer para mais, os “faltosos” deverão ser penalizados (não com a morte de seus rebentos) monetariamente, seguido de prisão e até castração! Principalmente para filhos produzidos fora do casamento (a Igreja dará total apoio). Pode parece radical à primeira vista. Países que não seguissem tal norma, sofreriam sanções internacionais merecidas.

Ou obedecemos as normas pelo bem de todos sem vaidade nem esperteza ou nos acostumamos (sem reclamar) com a baixa qualidade de vida à nossa volta.

F = falecimentos exatos do ano anterior.

DC (depois do caos) = quantidade de anos decorridos desde o “marco zero” que cada país considera como início do caos nosso (deles) de cada dia. Não importa que data sirva de referência. Pode ter sido quando foi descoberta a pólvora, dia da invenção da imprensa, nascimento ou morte de um líder espiritual, dia da 1ª. viagem das caravelas e outras tantas, de preferência antes do século XX.

E = fator de elevação. Número inteiro. No mínimo = 1. O valor estipulado deve ser mantido por 5 anos pelo menos. Tal fator pode ser alterado de acordo com a necessidade de se acelerar ou não a quantidade de habitantes.

Para melhor convencer meus leitores, passo um exemplo hipotético, imaginando que tal fórmula estivesse vigorando com seriedade em nossa terra desde 1965.

Estamos no ano de 1970.

Somos 90 milhões (segundo IBGE).

Quantas crianças podem nascer em 1971?

Nosso “marco zero” seria a “Independência do Brasil”. Logo, nosso DC em 1971 teria o valor de ... 1971 – 1822 = 149!

Nosso fator de elevação (1970-1975) está valendo 2.

F (falecimentos em 1969) = 1.490.000

Desta forma, os nascimentos oficiais permitidos (***) para 1971 seria de:

N = 1.490.000 + (1.490.000/149) x 2

N = 1.490.000 + 10.000 x 2

N = 1.490.000 + 20.000 = 1.510.000 !

(+ 1%, ou seja, 15.100 sujeitos às multas).

Com esta prática, hoje não estaríamos com quase 200 milhões de habitantes se amontoando em centros urbanos que não possuem meios (espaço e tempo, mesmo tendo dinheiro) para absorver um crescimento exponencial de pessoas.

(***) – Se existe fila para transplante de rins e fígados e compra da casa própria, também pode existir fila para procriação. Inclusive, com um controle de natalidade adequado, as filas anteriores tenderiam a zero.

Alguém pode estar imaginando implantar esta fórmula entre nós já no próximo ano. Pode perder as esperanças. Nossa cultura popular não está orientada para isto. Ainda mais, para chegarmos ao equilíbrio desejado, seria necessária uma pequena mudança na fórmula durante os primeiros 20 ou 30 anos. Seria a troca do sinal “ + “ pelo “ - “. Veja como ficaria.

N = F - ( F / DC ) x E

E para piorar: o fator “E” teria de começar no mínimo de três!

Você topa participar do processo para evitar aquele risco da distribuição gratuita de alimentos em pó contaminados?

Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – dez/2006

Autor do livro: BRINQUE E CRESÇA FELIZ!

Referendo de sucesso será o que permitir expurgo no Congresso!

Nós podemos fazer a diferença na verdade do futuro.

Haroldo
Enviado por Haroldo em 07/12/2006
Código do texto: T312172