Brincando com as letras.

Eu aqui tentando escrever sobre o amor enquanto la fora os barulhos se misturam, e entre o pouco que pude ouvir também pude sentir que até a minha própria inspiração procurava se esconder.

Nada de tapas e beijos, na verdade eram tiros e gritos, lamentos e choros, não aquele chorinho de Waldir Azevedo, mas um que dava bastante medo, pois me fazia entender o porquê de me sentir assim tão preso, nesta que era nos bons tempos o meu lar, e que agora se transformou por uma obrigatória prudência numa fortaleza do medo.

Eu nunca vou conseguir entender por quais caminhos tem andado a mentalidade de certos indivíduos, e nem o porquê de não aproveitar o tempo vago e fazer, ou pelo menos tentar criar algo mais saudável, mais positivo, mas a rima preferida destes que dão pouco ou quase nada de valor a vida, vem sendo tirada de certos ditos que só podem ter sidos escritos por um inimigo que desde o começo do mundo Deus já para nós o havia denunciado.

Mas cada qual se defende com as armas que tem, e eu, modestamente me sinto privilegiado, pois mesmo não estando ainda tão bem armado faço parte de um exercito de ilustres poetas e poetisas muito bem letrados que me ensinaram que se a vida nos der um limão que saibamos fazer dele uma bela limonada.

La fora agora reina o silencio,nenhum som mais de nenhuma retreta, e eu aqui dentro me distraio brincando com as letras.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 26/07/2011
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