ATRIBUTOS DO LÍDER

Para ser um bom líder, ou um líder bem sucedido, é necessário dar atenção e praticar algumas atribuições. Atribuições estas, que determinarão o êxito da carreira do tal. Pois são a base para crescer e chegar ao topo.

1 - Integridade: Um bom líder, além dos resultados e metas atingidos, ele também se torna um exemplo a ser seguido, ou um referencial de vida para os seus liderados. Mas lembre-se; as pessoas não seguem alguém que não seja um exemplo, alguém em quem elas não possam confiar. Ninguém respeita uma pessoa que não segue as próprias regras, pois o que o líder faz, exerce mais impacto sobre os liderados do que aquilo que ele diz. As coisas que falamos podem ser esquecidas facilmente, porém, as que fazemos não são esquecidas tão fáceis.

Hipocrisia não faz parte do mundo íntegro. O ditado que diz: “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”, não funciona quando se quer ser um bom líder. Perfeitos nunca vamos ser, mas para ser um líder bem sucedido, deve-se trabalhar com bastante dedicação a questão da integridade. Para ser íntegro, deve-se ser: reto, inatingível, justo, imparcial, exato, preciso, legítimo e virtuoso. Notou quantas qualidades deve ter um líder íntegro? Parece até impossível, tendo em vista que somos imperfeitos, mas para ser um bom líder deve-se buscar com diligência estas qualidades.

2 - Caráter: Traços psicológicos, as qualidades, firmeza nas atitudes, o modo de ser, sentir e agir de um indivíduo são qualidades do caráter. Para obter e cultivar estas qualidades, o líder deve buscar adquirir sabedoria e discernimento. Estas riquezas não são obtidas de graça, exigem um trabalho árduo e muita dedicação. Kenneth BOA, diz: “Da mesma forma que é impossível pagar uma pessoa para desenvolver a musculatura em nosso lugar, também não é possível pagar alguém para desenvolver o vigor de nosso caráter. Se quisermos adquirir mais forças, nós mesmos temos que levantar os pesos”. Também não é possível adquirir um caráter da noite para o dia – isso requer tempo e esforço.

Nosso caráter não deve oscilar de acordo com a opinião pública ou com o medo, mas deve ser firme. As atitudes de um líder devem ser um convite ao seguimento de seus passos. O caráter não é algo de técnica externa, mas de realidade interna, expõe autenticidade. Ele é forjado nas pequenas coisas da vida. Os grandes fatos da vida podem ser considerados exames finais que revelam a verdadeira natureza de nosso interior, de nosso eu. Mas é nas decisões que aparentemente não têm importâncias que nosso caráter é fortalecido, pouco a pouco.

3 - Valores: Os valores são essenciais para a liderança eficiente. São as verdades inegociáveis e indiscutíveis que impulsionam e direcionam nosso comportamento. São motivacionais, já que explicam o motivo pelo qual fazemos as coisas, e são restritos já que estabelecem fronteiras em torno de nosso comportamento.

Não importa onde estamos. Se na empresa, em nosso lar ou na sociedade, os valores centrais devem ser preservados, pois traz benefícios para todos. Porém, uma coisa é saber o que é correto, e outra é fazê-lo de forma consistente. O primeiro passo para uma liderança eficiente é a definição dos valores centrais. Enquanto isso não for feito, o líder não terá uma direção certa. É impossível definir visão, missão, estratégia e resultados a alcançar antes de os valores estarem claros. O ser humano costuma racionalizar a vida, de forma a persuadir a si mesmo de que tudo está bem, independentemente do que aconteça.

Existe um dilema em separar ou determinar quem é mais importante entre valores primários e secundários. BOA citando Michael Hackman e Craiq Jonhson nos apresentam algumas definições que irá nos auxiliar nesse dilema. Dizem eles: Os valores estão no cerne da identidade de um indivíduo, de um grupo ou de uma organização. Os Valores são concepções ou juízos relativamente duradouros sobre o que consideramos importante. Existem dois tipos de valores, “finais” – relacionados com alvos para a vida toda. E “Instrumentais” – que governam os comportamentos que atingem os valores finais. Segue lista de alguns valores finais: Liberdade, respeito por si mesmo, amor maduro, segurança da família, amizade verdadeira, sabedoria, igualdade, etc. Instrumentais: Ser amoroso, independente, capaz, de mente aberta, honesto, responsável, ambicioso, perdoador, autocontrolado e corajoso. O líder para ser eficiente precisa saber que, identificar e comunicar valores é uma tarefa essencial. Colocar na ordem de importância nossos valores finais e instrumentais, formando assim uma breve declaração de visão, pois será muito importante para evitar que percamos o foco de nossos objetivos.

4 - Propósito e Paixão: Sabemos que para sermos bem sucedidos em qualquer coisa que fizermos, em qualquer segmento de nossa vida, temos que ter propósitos. Por que fazer? Aonde pretendo chegar? Qual o alvo? Mas além de propósito, um líder para ser bem sucedido, precisa ter paixão. John C Maxwell, disse: nunca trabalhei um dia se quer em minha vida, ou seja, sempre colocou paixão em seu trabalho, tornando-o como uma diversão.

Seguir a sua paixão é o segredo para alcançar o seu potencial. Você não consegue chegar ao melhor de seu potencial sem perseguir sua paixão. A paixão é um recurso imensurável para qualquer pessoa, mas principalmente para os líderes, fazendo-os prosseguir quando os outros desistem, contagiando e atraindo parceiros, impulsionando-os quando precisar atravessar os momentos mais difíceis, dando-os energia e entusiasmo para continuar. Talento, oportunidade, conhecimento e uma ótima equipe, são suportes muito importantes para o sucesso de um líder, mas se não tiver paixão, o fracasso é certo. A paixão é o diferencial, é que distingue o extraordinário do comum.

Perseguir sua paixão faz toda diferença do mundo. A paixão nos abastece de energia e desejo, consedendo-nos vontade de vencer. E, como diz o escritor David Ambros, “Se você tem vontade de vencer, já alcançou metade do sucesso; se não tem, já alcançou metade do fracasso”. Ponha paixão naquilo que faz, faça com amor e não apenas por obrigação, e você verá a diferença em sua vida.

5 - Humildade: É difícil admitir que não sabemos tanto quanto achamos saber. E certamente não estamos no controle de tudo tanto quanto gostaríamos de estar. O primeiro teste de um homem verdadeiramente notável é sua humildade.

Quando falo em humildade, não me refiro especificamente à questão de forças, maneira de vestir-se ou posição social. Muitos têm uma idéia errônea a respeito de humildade, e a relacionam com forças, maneira de vestir-se e posição social. Uma pessoa que se veste de maneira muito simples ou não possui bens materiais, pode no entanto, não ser uma pessoa humilde. A humildade brota de dentro para fora, e é notada sem que precisemos forçar sua aparição. Um bom líder deve cultivar este atributo, ao contrário, não obterá muito sucesso em sua carreira. Reconhecer as próprias limitações, admitir que está sujeito ao erro, valorizar seus liderados, acatar idéias quando necessário e valorizar o trabalho do semelhante, são algumas dicas para praticar a humildade. Mas tome cuidado! Ter conhecimento da própria humildade e dizer que somos humildes é uma forma pervertida de orgulho, e isso já faz com que não sejamos humildes. O segredo da humildade é tirar os olhos de si mesmo.

Benefícios e privilégios normalmente acompanham um líder bem sucedido. Tomar decisões que afetam a organização, delegar a implementação das decisões, “fazer a coisa acontecer”, exercer a primazia nas reuniões e assim por diante. Mediante tudo isso, torna-se difícil com o tempo, o líder não ficar cheio de si, achar que é o tal. Perseguir a autopromoção, elogios e glórias não são saudáveis para a carreira. Porém, permitir-se receber críticas, repreensões, instrução e correção, são sinais de humildade e o tempero certo para o amadurecimento da liderança.

6 - Compromisso: A vida no mundo moderno programou-nos com a expectativa de uma vida fácil, não que simplesmente esperemos encontrar facilidade em tudo. Quem não desejaria tal coisa? O que mais incomoda é que nossa expectativa consiste em receber recompensas abundantes com esforços mínimos. Coisas que requerem dedicação e tempo nem deveriam existir, pois sentimo-nos extremamentes justificados em evitá-las ou por desistir delas. Pior ainda são os que crêem que objetivos legítimos podem ser alcançados por meio ilegítimos, desde que estes meios encurtem os caminhos para aqueles objetivos.

Vivemos numa época em que é grande o risco de sucumbir à mediocridade, não por causa da incompetência ou da falta de integridade, mas simplesmente por falta de comprometimento genuíno. A ausência de compromisso equivale a viver naquele crepúsculo acinzentado que desconhece tanto a vitória quanto a derrota.

Conquistamos e mantemos seguidores comprometidos, quando nós mesmos nos comprometemos o suficiente para pagar o alto preço do sucesso. Muitos líderes dariam tudo para terem seguidores comprometidos com a causa. Porém, pedir comprometimento aos liderados, quando na verdade nós não somos, é absurdo. O comprometimento com as causas da organização deve partir primeiramente do líder, ao ponto de transparecer e contagiar os liderados.

Josildo S. neves

Josildo S Neves
Enviado por Josildo S Neves em 22/07/2011
Reeditado em 17/09/2013
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