FINAL DE ANO
FINAL DE ANO
Como dizem final de ano é sinônimo de solidariedade, preparação para o início de um novo ano que se aproxima. Viver é palmilhar estradas, é sorrir no paraíso, trilhar nessa vida onde aprendemos mais e mais, se somos capazes não interessa, pois contamos com a misericórdia divina, para que ocorra nossa evolução. Tarefa dura onde haja perseverança, certeza e ânimo de que não estamos sozinhos e desamparados nos caminhos percorridos e a percorrer. O sentimento é a maior conquista evolutiva do ser humano. Aprendendo a conviver com ele e escutá-lo, com certeza seremos grandes auxiliadores em seu crescimento pessoal e espiritual. Apesar de sermos imperfeitos, criados simples e “ignorantes”, a nossa destinação na Terra será a evolução, visto que o espírito jamais retrograda. Altivez e perseverança são sinonímias que o homem jamais poderá dispensar, senão sua vida será assoberbada de transtornos, irritações, por não ter atingido os seus objetivos planejados para o ano que se encerra.
É tempo de repensar no que erramos, esperamos que as nossas qualidades superem os nossos defeitos. Não é uma atitude feia, a de um homem levar consolo e esclarecimentos baseados em sua experiência de vida, aqueles que agem sem amor em detrimento do próximo. Aliás, Jesus sempre afirmou que somos irmãos, pois somos filhos do mesmo pai, o Celestial. Os descaminhos, as guerras sanguinárias, a banalização do crime, a discriminação, o fanatismo, a luta desenfreada pelo dinheiro, o sorriso esquecido, uma lágrima perdida, a saúde debilitada, a fome a miséria devem ser repensados e se estamos agindo pelo instinto animal. Em conseqüência deixando de lado o amor fraternal e a paz tão solicitada e esperada em nossas vidas. Uma mão amiga, uma boa guarida, uma meditação, um desapego material, são viés que valem mais do que os prazeres desordenados da vida. A exploração de determinadas religiões que cobram dinheiro de seus fiéis, à custa da ingenuidade alheia e da esperança de uma cura a todo preço, são iludidos e enganados em sua fé e a diretriz dos gananciosos é aumentar cada vez mais seus patrimônios, em nome de Deus. O Pai Maior nunca pediu vil metal a ninguém e não foi esse ensinamento que lê nos repassou através de seu filho, Jesus.
Certa vez alguém perguntou a Jesus Cristo: é justo pagar tributo a César? Ele respondeu: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Indagamos: Deus nos cobra dinheiro ou essa atitude não passa de farsa para angariarem fundos e construir templos babilônicos e recobertos em ouro? Vender indulgências. Enquanto eles enchem sacos e mais sacos de dinheiro, os fiéis ficam mais pobres e comovidos. São pensamentos que devemos refletir nesse final de ano, e que o governo brasileiro repense nas baboseiras que alguns representantes da população fizeram em termos de corrupção. “Pai perdoe-lhes, pois eles não sabem o que fazem”. Que o ano que se aproxima seja o ano da pirâmide invertida, torcemos por isso.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES/MEMBRO DA ACI/ACADÊMICO DA ALOMERCE