OS DESENCONTROS DO NATAL

OS DESENCONTROS DO NATAL

A festa natalina é comemorada todos os anos em 25 de dezembro. Será uma festa pagã? Não tem a aprovação de Deus? São indagações que muitos exegetas fazem à religião cristã, em todo mundo ocidental. Já outros afirmam veementemente que Jesus não faz parte dessa festividade. Muitos pensamentos e divagações são sinonímias dessa data. Os contraditos afirmam: “Uma festa que nada tem a ver com Jesus, é pagã”. Para os cristãos ouvir tais insinuações é uma aberração, algo inaceitável. Os mais exaltados ainda dizem que é preciso colocar tudo em pratos limpos. Até a música que marca todas as festas natalinas, “Anoiteceu, o sino gemeu”, para muitos, Papai Noel nunca chegará, principalmente para os paupérrimos e estropiados. Com essa nuança, Papai Noel não se afigura como pai de ninguém. Jesus não está aí, tal adoração é simplesmente para um santo da Igreja Católica, de nome Nicolau.

Festa da carochinha que incutiram na mente das crianças, e tem causado muita celeuma, visto que uns recebem presentes, outros não! Alegria para uns, frustração e tristeza para outros. Dizem que Roma criou o mito para iludir as nações pelo mesmo principado que agia desde a Babilônia. Será? O que se sabe através da história é que até o século III, o Egito e a Palestina tinham como datas festivas de 25 a 28 de março. A Síria comemora Natal no dia 6 de janeiro e alguns países do Oriente Médio comemoram Natal no dia 25 de março. Por que Roma celebra Natal no dia 25 de dezembro? Indagariam muitos! Teriam como resposta: ”para que fosse oficializado o chamado Natal cristão”. A celebração desse Natal não vem por um decreto bíblico, nem de Jesus, nem de seus discípulos, mas dos Papas que fizeram à tradição cristã ou católica. E ainda mais alguns estudiosos afirmam com veemência: “a história indica, desde a época do ano 6 d.C. que Jesus nasceu em setembro ou começo de outubro. Jesus nasceu em setembro/outubro e Roma transferiu para dezembro. Por quê? Porque Constantino, aproximadamente em 336, celebrou o primeiro natal pagão casado com os cristãos e isto debaixo de imposição, de opressão. Muitos resistiram e morreram durante esse contexto histórico, porque não se submeteram a tamanha aberração, dizendo que não aceitavam o paganismo. Cristãos europeus também resistiram e muitos, ao longo da história, morreram ao fio da espada ou enforcados, e o argumento de Roma era que eles não eram cristãos”. Cada um fala o que quer, aceita se quiser.

Mesmo não sendo uma data certa, conforme reza a história: os natais seriam datas para que os povos cristãos se harmonizassem, procurassem à paz, assegurassem à fraternidade humana, o perdão, o amor e a caridade, tudo em nome de Jesus, o Cristo. O que acontece é virtualmente o contrário. Muitos se empanturram de comida, se excedem no álcool deixando a fraternidade e a caridade para com os irmãos carentes totalmente esquecidas. Parece até uma orgia oficializada! A estatística vem no dia seguinte, quando a mídia informa os acontecimentos trágicos dos resquícios natalinos. Vamos fazer ação de graças, vamos orar, pedir ao Pai Maior que a paz reine na terra, que a fome, a miséria sejam exterminadas no mundo. Lembrem-se do que afirmou Jesus: “Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados”. Ah! Se os direitos fossem iguais para todos! Mas a imposição do livre-arbítrio fala mais alta, infelizmente. Devemos enaltecer nesse dia a figura dos trabalhadores da última hora, dos voluntários, dos que trabalham pela caridade, para caridade, pois mais forte é o lema: “Fora da caridade não há Salvação”. Ressalte-se, enfim: a caridade só tem valor se feita com amor e fé, pois sem esses predicados, será morta. Vamos fazer uma criança sorrir! Muito mais valiosos foram os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, por isso sigamos.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 06/12/2006
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