O deus Pã

Pã não era um deus bonito, seu corpo era uma mistura de bode com homem, além dos chifres. Uma das lendas de seu nascimento dizia que sua mãe Dríope teria ficado assustada ao vê-lo e o abandonou. Outra lenda diz que ele era filho de Hermes, que o levou para o Olimpo, onde era muito querido por ser alegre e festivo.

Sua aparência era motivo de susto entre os que passavam pelas florestas, gerando pânico (nome derivado de Pã) quando aparecia repentinamente para as pessoas. Na luta dos deuses contra o monstro Tifão, Pã foi de grande ajuda, assustando-o com os gritos que causavam pânico .

Pã também era protetor dos campos, pastores e rebanhos. Ele se divertia cantando e dançando com as ninfas, principalmente no cortejo do deus Dioniso. Pã foi considerado como personificação da natureza e representante do paganismo.

Pã teve uma aventura com a ninfa Sirinx, seguidora da virgem Ártemis. A ninfa fugiu de Pã e pediu ao deus das águas do rio que a transformasse em algo que impedisse a violação. Quando a alcançou, Pã abraçou um feixe de juncos. Suspirando, percebeu o som que a haste da planta emitia. Uniu sete tubos e criou o instrumento que seria reconhecido como “flauta de Pã”. Sobre esse episódio, um trecho do poeta Keats: “ E nos contou como, em um dia Sirinx/ De Pã fugiu, temendo, apavorada./ Desventurada ninfa! Pobre Pã!/ Como chorou, ao ver que conquistara/ Da brisa apenas um suspiro doce! ”

Certa vez Pã desafiou Apolo, deus da lira, para um torneio de flauta. O rei Midas, árbitro da disputa, decretou Pã como vitorioso. Apolo não gostou do resultado e transformou as orelhas de Midas iguais às orelhas de um burro. A história de Midas é muito contada, desde quando desejou que tudo o que tocasse virasse ouro, até passar fome, quando abriu mão da riqueza e passou a cultuar Pã. Outras histórias engraçadas contam como fazia para esconder o segredo de suas orelhas.

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Solange Firmino
Enviado por Solange Firmino em 06/12/2006
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