O futuro da humanidade

Poucos grupos estão realmente preocupados com a preservação do planeta para os próximos séculos. Entre eles vislumbramos os seguintes:

a) Os adeptos da reencarnação. Com certeza pretendem encontrar um mundo menos ruim se tiverem de (se forem designado para) retornar.

b) Os amantes da natureza. Todos aqueles que possuem a felicidade de encontrar alegria na sinfonia dos pássaros, dos ventos, dos rios e dos mares. Que também se deleitam com as belas cores e aromas envolventes das flores. Que sabem dividir satisfação com o próximo.

c) Pessoas de boa índole que não tem o hábito de destruir o patrimônio alheio (nem o dono) pela inveja resultante da incapacidade em progredir como ser humano.

d) Sonhadores que pagam milhões de dólares pela preservação de seus corpos no gelo. Esperam que dentro de 100 anos a medicina os descogelem, retirem seus vírus malignos e os despertem para mais uma jornada de vida. Resta saber se seus trisnetos já não terão dilapidado suas fortunas.

Contra estes grupos existem turmas menores, porém mais fortes em finanças, que quando estão de bom humor, ainda podem planejar uma preservação de no máximo uns 50 anos, para que seus herdeiros diretos continuem com a devastação gananciosa. Eis algumas:

a) Devastadores de florestas por corte ou incêndio. Pouco se importam com a morte de aves, plantas e animais que se intrometem em seus caminhos. Cortam e queimam tudo sem critérios para aumentarem seus lucros com a criação de gado e atividades agrícolas.

b) Escavadores de minas e montanhas. Qualquer material que brilhe ou que seja insumo para grandes clientes, é explorado sem critério.

c) Indústrias poluidoras. Poucas se preocupam em tratar os dejetos que lançam nos rios e lagos próximos. Contaminam as águas nos próximos 100 anos. A recuperação da região afetada, que fique por conta da natureza. Devem acreditar que seus lixos até dão um novo tempero ao pescado.

Entre estes dois grupos, existe a grande massa da população carente, que mal tem raciocínio para obter suas necessidades básicas para sobreviver nos próximos dias. Como poderão pensar em planos para décadas futuras vivendo num cenário degradante de baixa qualidade de vida? Inconscientemente até ajudam nesta degradação por força de alguma atividade remunerada que são direcionados a praticar para terem alimentação diária.

Tal situação nos leva a imaginar que as grandes nações, conhecedoras e gerenciadoras de todos os recursos existentes no planeta, planejando reduzir a quantidade de famintos problemáticos em pelo menos 60%, certamente já estão com duas estratégias delineadas para quando a população estiver acima da capacidade de consumo:

a) Se dentro de uns 50 ou 100 anos for encontrado um planeta similar ao nosso, caso ele seja bom, a turma da elite se mudará para lá (com seus empregados de confiança) e manterá aqui os miseráveis, aonde eventualmente mandarão buscar elementos para substituição nos trabalhos de construção, reparo e limpeza em suas novas habitações, lubrificadores de robôs assim como prestadores de serviços pessoais indispensáveis (massagistas, manicures, engraxates, babás, lavadores de cavalos). Se o tal novo planeta for ruim (um clima desagradável com água menos límpida), promoverão algum tipo de transferência dos pobres para lá e manterão aqui o mínimo de empregados necessários. Periodicamente mandarão seus capatazes lá para trazerem famintos (para substituir os falecidos) para os trabalhos menos nobres já citados acima.

b) Se o tal planeta não for encontrado em tempo hábil, promoverão algum tipo de devastação humana em massa em regiões de alta riqueza natural onde 99% dos habitantes não possuam renda individual que os coloque na classe média alta.

Esta devastação certamente não será com armas de fogo (só em casos excepcionais), pois a intenção dos promotores é se apossar do terreno rico intacto e com o mínimo de baixas em suas próprias fileiras. Provavelmente criarão condições para que uma praga letal se espalhe em uma semana entre os condenados através de remédios consumidos entre diversas classes de doentes mantidos vivos apenas para o enriquecimento da indústria farmacêutica. Ou mesmo servirão leite em pó (contaminado é claro) aos esfomeados que diariamente transitam por lixões e já não conseguem distinguir restos de alimentos saudáveis ou pacotes de outros já perecidos. Os asilos públicos e privados também serão “agraciados”, pois não pretendem pagar pensão para idosos por mais de 5 anos após a aposentadoria dos mesmos. Claro que depois, enviarão equipes de "salvamento" que nada poderão fazer pelos cadáveres, a não ser dar um destino aos corpos já estragados e erguer uma placa de consagração às vítimas do holocausto que será consumado uns 6 meses depois da distribuição para não deixar pistas. Os médicos da época alegarão morte por diversas causas, pois não farão profundas autópsias que possam revelar a tal contaminação no leite oferecido anteriormente. E não haverá religião que lute pela vida de seus fiéis condenados, pois até padres, pastores e líderes espirituais que não "compreendam" a gravidade da situação e “concordem” com a metodologia de controle populacional poderão receber um bilhete de ida neste trem da morte. Se algo vazar para o público causando protestos de ONG's pela atitude tomada, alegarão que alguns terão de ser sacrificados belo bem da “maioria“ (na verdade, a minoria mandante) que não soube seguir a fórmula de planejamento familiar para estabilizar população : nascimentos = falecimentos + falecimentos / DC - onde DC = quantidade de anos Depois do Caos.

Só não conseguirão explicar qual o critério usado para a "limpeza", tendo em vista que milionários e poderosos não serão atingidos pela medida dolorosa e emergencial mas necessária para manter o equilíbrio do planeta. Talvez inventem algum tipo de loteria da salvação cujo preço do bilhete só seja accessível aos mais abastados.

Na dúvida, orientemos nossos herdeiros para evitarem o consumo de produtos em pó nas próximas décadas. Principalmente se forem ofertados gratuitamente. Por autoridades suspeitas, parecidas com as nossas.

Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta

Autor do livro: BRINQUE E CRESÇA FELIZ!

e-mail : Vila Isabel/RJ

Referendo de sucesso será o que permitir expurgo no Congresso!

Nós podemos fazer a diferença na verdade do futuro!

Haroldo
Enviado por Haroldo em 04/12/2006
Código do texto: T309262