#QueroEducação

O Ativismo online já é uma realidade. Com a popularização das redes sociais, algumas questões políticas e sociais ganham voz na grande rede e atingem resultados satisfatórios. Temos exemplos recentes como a mobilização para os parlamentares apoiarem o Ficha Limpa, e o movimento pró Marina Silva, denominado Onda Verde, que mudou os rumos da eleição presidencial no ano passado.

Pois bem, o ativismo agora é para acelerar a votação de um Projeto de Lei que está desde 2007 vagando pelo Senado. O curioso PL 480 é de autoria do Senador Cristovam Buarque e estabelece que todo político eleito, seja da esfera federal, estadual ou municipal, matricule seus filhos obrigatoriamente na rede pública de ensino. O autor do PL defende que isso traria melhorias significativas para a educação. Ele não é o único que pensa assim.

O debate ganhou força após um grupo coletar mais de 50 mil assinaturas em defesa do PL 480 no Facebook. Os críticos afirmam que a Lei é inconstitucional e fere o direito dos políticos de escolherem matricular seus filhos em escolas privadas. Cristovam rebate afirmando que existe a possibilidade de escolher não seguir a carreira política. Demagogia? Para alguns sim. Solução? Para outros esperançosos é a garantia de melhorias consideráveis.

República quer dizer “coisa do povo” e nada mais interessante é que os seus representantes usufruam dos próprios serviços. É bom falar do SUS quando se é tratado no Hospital Sírio Libanês. É ótimo falar em Transportes e andar em carros de luxo, jatinhos particulares e por aí vai. O mesmo acontece com nosso Sistema de Ensino que está entregue às baratas. Apenas no nível superior é que as coisas se invertem: Os filhos dos políticos nas melhores universidades federais, e os do povão em pífias instituições particulares.

Essa é a grande Demagogia, e não o projeto do Senador Cristovam. Lógico que não será uma solução definitiva. Há muitos meandros para chegarmos a um nível descente, mas fazer os políticos sentirem na pele o descaso que eles mesmos promovem já seria um tremendo avanço. Infelizmente faz parte da nossa história recorrer ao setor privado enquanto que o povo sofre com os péssimos serviços públicos. Porém não devemos esquecer que o povo escreve e muda a sua história: #QueroEducação!