A escalada da violência

(Por Onofre Ferreira do Prado)

A escalada da violência, notadamente nos grandes centros urbanos, perpetrada por bandidos que atacam à mão armada, já começa a fazer vítimas no seio dos políticos do alto escalão do Governo Federal. Se os políticos e os governantes não adotarem medidas rígidas, com a adoção de leis e de políticas públicas mais eficientes, priorizando segurança, educação, saúde, gerando mais oportunidades de emprego, em pouco tempo, a população brasileira estará vivendo sob as leis de bandidos, em vez da proteção do Estado.

Se os meliantes já atacam à luz do dia até os poderosos sob a proteção de seguranças pagos pelo poder público, já podemos imaginar sobre a fragilidade da população desprovida de tais privilégios.

O que mais vemos e ouvimos são queixas de pessoas que foram assaltadas, que tiveram o carro tomado à força, a residência arrombada, o patrimônio saqueado, dilapidado.

No dia 5 de julho, às 11h30 minutos, na porta de uma escola pública, em Belo Horizonte, num ataque relâmpago, fui vítima de dois bandidos com armas apontadas para a minha cabeça. Sem poder esboçar a menor reação, levaram o meu carro com todos documentos pessoais, além do relógio, dinheiro e os documentos do veículo com placa de Brasília - DF. Imediatamente acionei a PM, através do telefone 190, mas até agora, nem o veículo nem os malfeitores foram apanhados. Pela ineficiência da polícia somando-se à audácia dos bandidos, já perdi a esperança de recuperar o referido automóvel e os documentos. Confessadamente, eu não imaginava que a criminalidade em BH a cada dia ganha braço forte, constrange e inibe a liberdade dos cidadãos.

Infelizmente, estamos vivendo num mundo de ninguém, de leis frágeis, de polícia fraca, de políticos desacreditados. O governo e a polícia não podem dar moleza para criminosos, sob pena de a sociedade perder a confiança nas instituições. A população é que, não pode viver insegura e com medo. A sociedade precisa viver em paz sob a proteção do Estado. Não podemos ter uma visão míope sobre a liberdade e o valor de um povo.