Mesmo casada, mulher tinha dois amantes
CASOS ESCABROSOS QUE RONDAM OS CONDOMÍNIOS
Volte e meia, sempre chegam à minha caixa postal colaborações de leitores afoitos para dar a sua contribuição para este espaço que tanto é de reflexão quanto de estudo de situações da nossa sociedade e da vida em conjunto.
Geralmente, o que me chega é produto hilário de se encaixa no quadro dos "famosos casos escabrosos". Um deles diz respeito à infeliz possibilidade de se você, meu caro leitor estar fazendo parte do um Big Brother sem ao menos ser avisado ou receber uma ajuda de custo.
Pois, é isso mesmo que está acontecendo, segundo dizem as más línguas, em alguns condomínios, onde além das portarias terem seus sistemas de segurança, com câmaras especiais para filmar quem entra e sai dos residenciais, os vizinhos também estão adotando o mesmo médoto.
Mas, pasmem, muitos partiram para essa ação não a título de mera segurança, mas pelo voluntário desejo de espiar a vida alheia, a vida dos vizinhos. Dizem que filmam até mesmo os momentos mais íntimos, algo que Nelson Rodrigues, o grande dramaturgo brasileiro, acharia sórdido e pecaminoso. Isso, lembra-me um filme: Invasão de Privacidade. Além disso, é crime! Pior ainda se o caboclo resolve botar o filminho na web.
Não quero nem pensar na catástrofe!
Mesmo casada, mulher tinha dois amantes
E por falar em Nelson Rodrigues, fiquei sabendo que dois sujeitos estavam apaixonados pela mesma mulher, Maria do Socorro, que embora fosse casada, mantinha uma tórrida relação com dois amantes ao mesmo tempo.
Porém, movido pela doença do ciúmes, um deles, Sidnney da Costa Lomar, 20 anos, acabou executando com vários tiros o outro, o caminhoneiro Maurício da Silva Dutra, de 35 anos. O assassinato aconteceu na porta de um residencial em Campo Limpo, onde residiam todos os personagens desse enredo que mais parece um dramalhão mexicano.
Ah, esqueci-me de contar o detalhe mais fumegante da história, que nem Sidnei Sheldon seria capaz de criar: nenhum dos homens envolvidos no enrosco era de fato marido de direito da poderosa Maria.
A polícia só sabe que o crime aconteceu há cerca de quinze dias, por volta das 19h de uma calma segunda-feira e que o assassino, Sidney, tinha 20 anos e morava no bloco 19 do referido residencial (tido com a área mais agitada do resencial que neste caso não é de grife).
Outro dado curioso da nossa tragicomédia: Maria, após o crime, acabou fugindo com o marido (não identificado na história), o verdadeiro que, até então, não sabia que sua santa mulher dava atenção dobrada a dois homens debaixo de seu nariz.
As vizinhas, doidas por uma fofocazinha, contaram à polícia que Maria não tem grandes atributos, mas que sua artimanha consiste em dar chá afrodisíaco aos homens, "que ficam doidão por ela".
Amigos, cuidado com os chazinhos que as vizinhas oferecerem por aí, pois pode ser o indício de muita confusão!
Por hoje é só pessoal. Boa semana a todos e até o próximo encontro.
Douglas Lara é o idealizador da Semana do Escritor de Sorocaba.