A NOVA MUSA GAY: wanessa camargo. SERÁ ?

O lado mais trasch da sociedade dos instantâneos é ter a inteligência subestimada por alguns promoters, que tiram da cartola musas e mitos como se para isto bastassem algumas frases de efeito num site de fofocas: “Eu adoro os gays”. Pronto, a figurinha medíocre está apta a se tornar musa da comunidade gay. Perdoem o termo, mas isto é viadagem.

Nos últimos dias recebi uma série de links que celebravam Wanessa Camargo a nova musa dos gays. Minha Nossa Senhora do Bom Partido Alto, quem criou este título? Musa Gay. Gays não têm musas, possuem divindades. Musa é coisa de comissão de frente de escola de samba do segundo grupo. E o mais triste, por que Wanessa Camargo?

Parafraseando Madonna – a quem Wanessa tenta imitar nesta nova fase – Who is that girl? Quem é esta garota? O que fez de tão importante pela causa homossexual? Faz pocekt shows nos guetos andróginos? Ganha o Pink Money de bichinhas qua-qua-qua pão com ovo guaraná?

Não basta ter que aturar as baboseiras de Preta Gil, dizendo-se total flex, agora teremos que ouvir asneiras de Wanessa Camargo, que pisca os olhinhos dizendo que as fanchas respeitam a sua condição de “mulher comprometida e hetero”? O que querem dos gays? Uma cópia da sociedade heterofila?

Mas voltemos à musa... Em recente entrevista a Isto é gente, o marido-empresário de Wanessa, diz claramente que se trata de uma estratégia de marketing. Que coisa mais hetero e tão distante da criatividade gay. Mas isto é legal, porque nos prova que musas não podem ser fabricadas. O talento embora raro, ainda é a força capaz de transformar mentalidades.

Lembro aqui dos acontecimentos que criaram o chamado movimento gay americano, nos idos de 1969. Conta-se que vez por outra a policia ia até um bar chamado Stone Wall – N.Y. – e metia o sarrafo nas bichas. No dia 22 de junho faleceu July Garland. O mundo gay entrou em colapso. Morria uma divindade. A menina Dorothy que dizia existir um mundo melhor over the rainbow. Trocando em miúdos, no dia 28 de junho a policia apareceu em Stone Wall e pela primeira vez os gays revidaram. Foram dois dias de guerra e por fim os policiais tiveram que reconhecer a força dos gays. Alguns memorialistas daquele evento dizem que a perda de July Garland foi o estopim pela luta pelos direitos gays. Isto sim é ser diva. E ao que mês consta ela nunca fez propaganda visando o “mercado gay”. Era divina e ponto.

Bem diferente da caboclinha de cabelos esticados a laser...

Talento é como a homossexualidade, nasce com a gente!