Sempre o dia seguinte.

Todas as noites quando me deito,

Meus pensamentos me fazem voar

Num imenso céu sem limites

Onde no mais profundo egoísmo de tão meu,

Não sinto o cansaço

E nem a vontade de pousar.

Não possuo rotas ou destinos

E oriento-me apenas pelas lembranças.

Sobrevôo em silèncio

Sobre as minhas perguntas,

Minhas dúvidas, meus erros...minha vida.

O mar que fiz com as minhas lágrimas,

O lugar secreto das dores

Onde guardei no meu coração.

A grande parede onde escrevi

Meus sonhos, meus desejos... minhas desilusões.

O vale silêncioso do meu futuro.

É um eterno medo

De retomar muitas cisas que não sei.

Mas enfim,

Não chego ao fim do vôo quase nunca

Pois o sono recai sobre mim

Como um pesado sereno

Molhando as minhas asas imaginárias

Minando as minhas forças.

Minhas respostas.

Daí então

Meus olhos se embaçam em lágrimas.

E dos sonhos

Agora é tudo o que me lembro,

Pois os raios do sol

Me despertam pela manhã

E para o pouso da realidade

Do meu dia seguinte.

Geraldo Lys
Enviado por Geraldo Lys em 01/07/2011
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