Queremos uma floresta viva...

Há cidadãos preocupados com o desmatamento. Preocupados com o Planeta.

Sou usuário do Metro e atesto que a superlotação testa nossa paciência.

É um stress tão alto que as pessoas não podem nem olhar uma para as outras, imagine falar...

Apesar deste clima fui testemunha de uma situação inusitada que enche nosso espírito de esperança no ser humano.

Hoje, um dia típico de muito trabalho, com as estações lotadas como grandes formigueiros, ao descer na estação Anhagabau vejo uma senhora já com certa idade, sentada no banco que fica no centro da estação. Do seu lado três vasos com três plantas e ela estava chupando uma deliciosa manga sem nenhum constrangimento. O doce melado em suas mãos, não encobriam a doçura daquela senhora japonesa.

Pedi permissão e me sentei ao seu lado. A princípio pensei que ela era uma maluca, mas aos poucos quando ela começou a falar do sobre o desmatamento no mundo e depois em particular do desmatamento da Amazonia. Falou de arvores salvando deserto. Falou de homens cortando arvores fazendo desertos.

Falou da abundancia de frutas. Falou da fome zero.

À medida que a conversa ia correndo eu, ficava cada vez mais apaixonado pela sabedoria de dona Mioko. Agora já sabia que tinha neto. E que sua causa maior era que replantássemos arvores em todo o planeta para redescobrirmos a importância vital do oxigênio, da importância nutricional das frutas. E óbviamente da importância das arvores. E foi essa bondosa senhora que refrescou a minha memoria. Me lembrei de uma pesquisa que mostra que o Brasil tem hoje apenas 8% da Mata Atlantica - desmatamento feito em uns poucos séculos de vida do país. Ela, Mioko Uehara me deu uma lição de vida e entregou-me o símbolo de seu movimento – uma muda de pé de abacate. Infelizmente neste artigo não é possível publicar a foto, mas ela teve o cuidado de pegar uma garrafa plástica, desta que se não reciclar-mos também polui o planeta e fazer de-la um vaso composto de agua e pedriscos. Uma muda vigorosa que certamente plantarei na chacára de um amigo, pois não possuo propriedade.

Não sei o que pensaram os cidadãos que transitavam pela estação, vendo eu e Dona Miyoko conversando sobre o perigo que corre o planeta em pleno horário comercial, mas aprendi muito e fiquei muito feliz.

Vou pesquisar mais e ler com calma toda literatura que ela deixou e. logo quero reescrever este texto com maior profundidade. Porque pessoas como Dona Mioko Uehara merece nosso total respeito, assim como nosso velho planeta terra.

Tendo arvores teremos chuva no deserto e tendo chuva, teremos rio.

Maiores informações sobre esse maravilhoso movimento:

39664753/47231984/3857/5035

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 01/12/2006
Reeditado em 02/12/2006
Código do texto: T306600