Som e luz

SOM E LUZ

No domingo, dia 12 de junho, fomos, com um casal de amigos, assistir no Theatro São Pedro, o histriônico espetáculo do “Guri de Uruguaiana”. É incrível como o humorista Jair Kobe, que personifica o “Guri” consegue manter a atenção do público durante as duas horas de show. É daquelas apresentações que quando termina a gente vai olhar o relógio e constata que o tempo passou sem que se haja dado conta. É curioso observar como hoje existe simpatia do grande público por essas pantomimas dos comediantes locais. Há dias fomos ver o Radicci e seu grupo, no teatro da Amrigs, com enorme afluência de espectadores. Igualmente as apresentações dos “Homens de perto” e do “Paulinho Mixaria” tem despertado o interesse do público, com bilheterias bem expressivas. No caso do “Guri de Uruguaiana”, foram sete shows em quatro dias, com lotação esgotada.

A tônica da apresentação do Jair Kobe se estabelece a partir do “Canto Alegretense” cantado em várias versões, como em cima das melodias do “Help” dos Beatles, do “YMCA” do Village People, uma versão “funk” entre outros arranjos especiais para a música dos irmãos Fagundes. O espetáculo, que mostra partes na Internet (é só procurar por Guri de Uruguaiana, no Google) é muito interessante, capaz de dobrar os críticos mais preconceituosos, que adoram música americana (que não entendem nada) e fazem muxoxo para artistas locais.

Depois do espetáculo procuramos um Restaurante ou um Bar-chopp maneiro para o jantar alusivo ao “Dia dos Namorados”, conforme manda a tradição. Por in crível que pareça – eram onze e meia da noite – não havia nenhum dos nossos point abertos. O jeito foi voltar para casa e adiar a gastronomia do chope com bolinhos de bacalhau.

Chegamos em casa, depois da meia-noite e a lua-cheia entrando pela janela pintava de prata nosso quarto, especialmente a cama, sugerindo uma indiscreta atmosfera de romance, revelando que os festejos que se buscava na rua podiam ser desenvolvidos em casa, que é o local adequado para comemorações românticas, como, por exemplo, o “dia dos namorados”.

Se, de um lado o show teatral se baseou no som do canto e dos instrumentos musicais, de outro a magia da luz da lua rompeu o prosaico, despertou e catalisou a fantasia do sensível e do afetivo.