O Conhecimento Liberta!

O Conhecimento é a Chave.

Conhecimento é aprendizado; respostas às nossas indagações. Quanto mais buscamos, mais aprendemos. E, quanto mais aprendemos, mais questionamos, e os questionamentos impelem a novas pesquisas. Essa busca é salutar. Buscar conhecimento é uma arte e não deve ser limitada ou restringida. Buscar é investigar; pesquisar a fundo; perscrutar. É preciso ouvir, ler, analisar outras versões, outros pontos de vista, outras ideologias e até mesmo pensar, se pôr no lugar ou tentar ver através destes outros prismas, no intuito de construir uma base mais sólida de conhecimento. Mesmo que os nossos princípios sejam diametralmente opostos a estas outras opiniões, deve-se, contudo, assumir uma postura neutra durante a investigação para se alcançar uma visão mais ampla e abarcar um conhecimento imparcial, mais coerente e conciso. Por exemplo: Estudar o candomblé, tão somente através de um livro protestante cujo autor é teólogo, formado em faculdade de igreja protestante ou mantida por uma, é o mesmo que estudar o judaísmo por um livro nazista. Assim, a investigação torna-se parcial, por conseguinte, tendenciosa, e, tomando ainda este mesmo exemplo, o viés de parcialidade será ainda maior se o investigador for protestante ou simpatizante. A propósito, além de parcial, é muito mais cômodo e seguro, pois o investigador não terá de enveredar-se por uma seara um tanto – ou até mesmo totalmente – desconhecida (que poderá incitá-lo a outras questões e levantar possíveis dúvidas sobre suas velhas concepções e valores, intimando-o a perquirir mais) e, em muitos casos, veementemente condenada pelos seus congêneres. Conseqüentemente, a visão da pessoa que busca o conhecimento continuará estreita e o progresso será ínfimo; é como andar em círculos. Isto tem, em maior parte, origem no medo e, em alguns casos, tão somente na apatia intelectual, na ignorância ou na herança cultural, que, de certa forma, podem facilmente encobrir o medo ancestral. Não podemos ter medo de buscar conhecimento, raciocinar, questionar e aprender. Mesmo que isso nos leve a rever nossos conceitos e valores ou até mudar de ponto de vista; de convicção. O medo tem sido o maior entrave ao avanço da humanidade. O medo existe, é real e intrínseco à nossa natureza física e, por isso, tem sido muito útil à nossa preservação. Até certo ponto, o medo tem suas vantagens. Por exemplo: Normalmente, não vemos pessoas atravessando ruas sem olhar para os lados. É evidente que, graças a ele, garantimos a nossa integridade física. Quando se conhece o perigo – algo potencialmente letal –, o medo ativa o instinto de preservação. O medo é algo natural, inerente à sobrevivência, mas deve ser suplantado em determinadas circunstâncias ou, no mínimo, mantido sob controle. Eliminá-lo por completo seria muito arriscado e é algo, praticamente, impossível. Não existe apenas um tipo de medo: Temos medo de perder; medo do desconhecido; medo de errar; medo de ver que estamos errados; medo de nós mesmos... Temos que extirpar cada um de nossos temores. Um por um. Até não existir nada mais do que nós mesmos em nós. Neste nível, até o instinto de preservação deve ser obliterado em circunstâncias especiais. Ninguém disse que era fácil vencer o medo, mas é para isso que estamos aqui. O medo é como uma semente que, ao cair em solo fértil, cria raiz e se desenvolve. O medo gerou todos os males da sociedade. O medo prende, entorpece, sufoca e mata. O conhecimento liberta, desperta, desobstrui e salva.

Ouvidos para ouvir, olhos para ver. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mateus 11:15). A Verdade está à vista; está ao derredor; está em nós. No entanto, não está ao alcance de todos. Uma coisa é ouvir, outra é compreender. O conhecimento está disponível para todos, mas apenas alguns conseguem entender. Existem os que tentam entender, mas não têm êxito. Outros, simplesmente, repudiam logo de princípio.

Todo conhecimento depende de conhecimento anterior. Na matemática, por exemplo, é impossível alguém aprender a tabuada de multiplicação sem saber a de adição. Cada um assimila aquilo que pode entender. Ninguém, nesse mundo, sabe toda a Verdade. Vamos aprendendo pouco-a-pouco. Depende do esforço de cada um. O entendimento é diretamente proporcional à capacidade assimilativa e esta é diretamente proporcional à bagagem de conhecimento, experiência e evolução espiritual.

A vida também ensina muito. Através dela, obtemos experiência que pode nos ajudar a ampliar a visão, facilitando o entendimento. Na estrada da vida, muito do que era incompreensível, agora nos parece tão claro e o que ainda permanece obscuro, talvez amanhã não o seja, e assim acontece com cada um de nós.

É perfeitamente normal refutar algo que não entendemos, principalmente, se vai contra aquilo que nos foi ensinado e cremos como verdade absoluta. Mas isso faz parte do momento evolutivo da pessoa. Muitos oferecem maior ou menor resistência a outros conceitos ou pontos de vista. Portanto: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/60030/1/QUIMERA/pagina1.html#ixzz1PBBa1H4U

(Fonte original: http://www.clubedeautores.com.br/book/41787--QUIMERA ou http://www.agbook.com.br/book/29473--QUIMERA ou http://etceterablog.com)

Autor: Suriman B. Carreira.

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