Liberdade
Depois que li um livrinho do grande Erich Fromm, percebi que a repulsa ao capitalismo era coisa sistemática. A grande maioria dos pensadores europeus se beneficiavam do capitalismo, mas filosofavam com o socialismo. Não porque o socialismo era uma proposta melhor que a do capitalismo, mas porque servia de ideologia anti-americana. E como todos sabem, todo intelectual europeu politicamente correto tem que ser socialista e anti-americano. E nós latinos, que temos por maior caractarística o copiar, o imitar; imitamos os sofisticados europeus. Mais propriamente os franceses. Toda a nossa filosofia acadêmica segue os moldes da academia francesa, principalmente a filosofia estudada na USP. A professora Chaui e seus seguidores vivem espalhando pelo Brasil a ideologia da esquerda mundial como se fosse filosofia, como se fosse a verdade. De maneira que aquele que não adere a tal filosofia é considerado alienado, desatualizado, ignorante, etc.
Mas voltando ao livrinho de Fromm, Ter ou Ser, ele propõe uma crítica ao consumismo, ao materialismo. Erich Fromm era um psiquiatra famoso alinhado com a filosofia marxista. Para Fromm, as pessoas não podiam ser consideradas a partir do que elas tinham, mas, ao contrário, tinham que ser consideradas a aprtir do que elas eram. Pergunto: "em que diabo de sociedade, Fromm pôde encontrar tal tratamento?" Na Rússia de Lênin e Stálin? Na Cuba de Fidel? Na China de Mao? Será que já existiu no mundo alguma sociedade comunista/socialista que realmente considerou as pessoas a partir do que elas eram? Acredito que sim. Porque a proposta do socialismo é justamente esta, ou seja, considerar as pessoas a partir do que elas são e não do que elas têm. Por isso, na URSS, o camponês sempre foi considerado camponês, os trabalhadores braçais sempre foram considerados trabalhadores braçais, os dirigentes considerados dirigentes, os militares considerados militares, o presidente considerado Deus, etc. Seria muita ousadia um camponês querer ter os mesmos privilégios que um dirigente do partido comunista. Seria uma afronta muito grande que toda a massa de trabalhadores tivessem as mesmas regalias que os atletas, cientistas, militares, etc. Não, jamais, porque no socialismo você é aquilo que é e não o que tem.
Não espantou-me saber que vários artistas do circo de Moscou jamais voltaram para a tão amada URSS, preferindo ficar na "malvada" América. Não espanta-me saber que todo ano milhares de cubanos arriscam-se num mar cheio de tubarões para entrar na "gananciosa" terra do Tio Sam. Que milhares de latinos juntam muito dinheiro para aventurar-se no país de Bush. Nada disso me espanta, mas o que realmente espanta é a grande massa de militantes ignorantes anti-americanos que tentam culpar a América pelas mazelas mundiais, causadas pela inépcia e sem-vergonhice de governantes corruptos. Governantes que usam a própria ideologia socialista para esconder suas roubalheiras. O que me espanta também é ver jovens tupiniquins alegres com o terrorismo, pois entendem que é uma resistência ao imperialismo yankee. Que imperialismo? Imperialismo democrático? Imperialismo que propõe mercado livre mundial? Imperialismo que permite liberdade de expressão? Ou, onde poderia se proliferar um mentiroso como Michael Moore? Os mesmos jovens que são contrários ao "imperialismo" norte-americano, parece ser a favor das atrocidades de Fidel, Chavez, e tutti quanti. Pois jamais vi uma manifestação contrária a Fidel pelos jovens deste país. Sou forçado a entender que a juventude latina não está preocupada com as "maldades" dos yankees, pois senão teriam que se manifestar contrário também às maldades dos genocidas africanos, ditadores chineses, etc. Se o imperialismo europeu, a ditadura da China, o regime comunista soviético, a ditadura de Castro, de Chavez, o comunismo na Coréia do Norte, os terroristas cometeram e cometem atrocidades infinitamente superiores às "atrocidades" norte-americanas, por que ninguém se manifesta contrário? Primeiro porque estes jovens militantes são seduzidos por intelectuais de esquerda, que nunca aparecem em cena, mas executam um trabalho de convencimento. Segundo porque ir contra a América é permitido, pois a liberdade de expressão é algo muito valioso e de direito do ser humano. Terceiro receber algo pronto é melhor do que pesquisar, avaliar, julgar, até chegar a uma conclusão; pois a preguiça latina tem pressa de idiotice.
Por fim, meus amigos, eu entendo por que os artistas do circo de Moscou fugiam para a América. Entendo por que milhares de cubanos se arriscam num mar cheio de tubarões para entrar na América. Entendo por que os mineiros brasileiros são apaixonados pela América. Entendo por que europeus, latinos, asiáticos, africanos, australianos são loucos pela América. Entendo que a América é o desejo da humanidade, que as vezes se confunde com rancor, ódio, desprezo, raiva, etc. Porque o que a humanidade mais deseja é a liberdade. Sim, desejamos com todas as nossas forças a liberdade. E a liberdade mora na América.