Conceito Da Dor

Sabemos de fato que a dor é singular, ou seja, sensorial e emocional (VIDE TXT-17, PÁG 200, TECSAÚDE-APOST-VERDE). É sabido também o aspecto científico para o incipiente da dor no fator interno "irritação do tronco, raiz ou terminação do nervo da rede sensorial" (C. R. LYRA, R. C. LYRA, LAPLACA 2009). Porém é justamente a soma dos dois aspectos supracitados mais a vertente de empirismo da dor que nos impede chegar a uma mensuração fidedigna daquilo que estamos lidando para chegar a analgesia exata. Analgesia está que pode ser até recusada; "O paciente tem o direito de receber ou recusar assistência psicológica, social e religiosa" (CARTILHA DOS DIREITOS DO PACIENTE-1995). Uma dor psicossomática, por exemplo, teria sua analgesia indo por terra. A dor portanto, é universal, democrática, ditatorial e onipresente, capaz de, em muitos casos, ignorar a proteção do SNC por peças ósseas em nome de sua ação. Como explicar, por exemplo, a dor sentida por Florence Nightingale, a dor que a mesma dizia roubar sua energia e vivacidade, a dor que foi auto-curada quando a mesma reduziu a mortalidade de 40 para 2% no apogeu de uma guerra?

A dor, em muitos casos, é um alerta interno, como no caso da dor abdominal no câncer gástrico, alerta este que, se acontecer cedo e em potência suficiente para o ser entender em parte o que pode estar acontecendo, pode salvar uma vida, já em outros casos pode ser o resultado da difícil relação mãe-filha (RIBEIRO-2004), da exclusão social ou da iatrogenia do profissional de enfermagem. Portanto, buscar o cerne da dor é agir contra a insipiencia que leva ao erro. É em nome dessa complexa resolução que hoje a enfermagem é transcultural e científica para validar instrumentos de mensuração da dor.

Mecanismo De Ação Da Dor E Analgesia

Temos mudanças fisiológicas como alteração da PA (fluxo sanguíneo) e das atividades elétricas cerebrais e do tálamo (região cerebral que processa os impulsos nervosos da dor da temperatura e do tato). Para efeito de analgesia, foi descoberto que o aumento do fluxo sanguíneo para o tálamo gera liberação de endorfinas no cérebro, as endorfinas são pertencentes a um subtipo de neuropeptídeo chamado opióide.

Os nociceptores são terminações nervosas cutâneas sensíveis a estímulos agressivos ou dolorosos (POMERAN 1976). Temos outros peptídeos endógenos como as encefalinas, que influenciam o funcionamento ou a atividade neural, seja com efeito modulatório sobre o sistema nervoso (peptídeo neuromodulador), seja nas sinapses (peptídeo neurotransmissor).

A dor também se entende predisposição, suceptibilidade, como a herança Mendel e a complexa, por determinação do DNA (OLIVEIRA 2009).

Para efeitos gerais podemos citar o linear de dor discrepante entre mulheres e homens, tenha em vista a feminilidade e a masculinidade (CONSTANTINOPLE-1973) e mais tarde (HUSTON-1983). O estereótipo, por exemplo, define traços, porém não conceitua plenamente (cultura e fator família são os expoentes). Temos também os aspectos sensoriais que são variantes da condição ou não-condição patológica; as mulheres tem maior expressão que os homens com relação relação a dor e menor linear desta. Na condição não-patológica temos a menstruação por fator hormonal, pois sabidamente o estrogênio aumenta a intensidade algica da cefaléia e da musculatura-esquelética. Tanto para um como para o outro temos também a depressão como causa da dor. O mecanismo da dor porém, nunca muda, provocando a liberação de substâncias como histamina, bradicina, protaglandina e serotonina. Mas o que na vertente cultural ou comportamental pode ser uma problemática para a enfermagem?

Fato 1 - Muitos profissionais dão inferior valor a dor feminina.

Fato 2 - Ainda é válida a interferência por gênero, ou seja, como o homem tem menor expressão da dor sua dosagem também no geral é menor, pois culturalmente o homem não aceita a expressão da dor. "Cultura de que o homem suporta, que deve, suportar a dor".

Por isso a necessidade da atenção cognitiva e comportamental (ROLHMAN ET AL 2003) e (ROLHMAN ET AL 2004) tendo em vista que são as mulheres que mais procuram suporte (NOGUEIRA 2009) a linha de frente da assistência deve ser incisiva na atenção.

Sedação No Paciente Crítico

Sedação é o substantivo feminino de sedar do latim SEDARE, que significa minimizar o nível de consciência do paciente. No paciente crítico ela é indispensável, porém exige também extrema atenção como os efeitos colaterais destas drogas que induzem a condição de sedação (VIDE TXT 17-PÁG 204, APOST-VERDE-TECSAUDE- ESCALA DE SEDAÇÃO DE RAMSAY). Ela é utilizada nas questões relacionadas à manutenção da ventilação mecânica, tratamento de abstinência por álcool, retirada do ventilador, redução do consumo de oxigênio, suporte para quadros de agitação (dor, ansiedade, distúrbios hidroeletrolíticos, sepse e isquemia). Como exemplo de explanação basta saber que a UTI é a unidade de maior complexidade e dinamismo imperativo existente, para tanto existe lá vastos fatores estressantes como, por exemplo, o confinamento a que o paciente se vê submetido, a distância de casa, a ausência dos familiares, a presença de pessoas estranhas, os equipamentos complexos e a presença de ruídos contínuos e monótonos que foram citados (GOMES 1988), provocam freqüentemente reações psicológicas como o medo, a ansiedade, a insegurança e a depressão (KOIZUMI, KAMIYAMA, FREITAS, 1979).

Atenção Para As Drogas Utilizadas

A indometacina (INDOCID-MERCK SHARP) é um anti-reumático, antigotoso; antitérmico e antiinflamatório não esteróide derivado do ácido acético, trata artrite e artrose de forma moderada e grave. Basicamente age inibindo a COX, ou seja, a síntese de prostaglandinas, deve se atentar para a dosagem que ser a mínima possível tendo em vista a vastidão de não uso condicional e interatividade. Outra condição importante é estar atento ao quadro de sintomalogia da gripe, podendo está condição ao quadro ser uma reação alérgica grave do paciente.

A dolantina (AVENTIS), marca de referência do farmacológico MEPERIDINA age direto no SNC pela ligação com os receptores opióides para a interrupção da transmissão do impulso nervoso. Deve ser administrado com cautela devido o risco de depressão respiratória, sonolência, euforia e alucinação (VIDE TXT-17-PÁG-205-APOST-VERDE-TECSAUDE).

A amitriptilina (TRYPTANOL-PRODOME) é um antidepressivo de grande composição (amitriptilina CR, tricíclico mais amina terciária), incipientemente era praxe na depressão porém, tem sido utilizada para tratar dor neurogênica crônica grave, bulimia e úlcera péptica. A secura na boca é comum, é importante salientar também que está droga permanece fazendo efeito por até 7 dias após descontinuação do tratamento.

"A dor se cura com mais dor

ou um ludibriante comprimido

cigarros

Parece ser o começo do fim

todos sentem dores

A dor pode ser mínima ou extrema

A dor pode vir de sua mente ou de seu coração"

(CERTO PONTO - EXPRESSO INSÔNIA)

Miguel Angelo Sena da Silva Junior

Auxiliar/Técnico de Enfermagem

(HCFMUSP)

COREM-SP 037.963

Ozzy
Enviado por Ozzy em 05/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
Código do texto: T3016092
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.