GERENCIAR PESSOAS - GERENCIAR CONFLITOS
GERENCIAR PESSOAS
GERENCIAR CONFLITOS
A atual era da informação e de tecnologia nos coloca uma questão crucial: como gerir e aproximar pessoas em um tempo onde os indivíduos estão cada vez mais individualistas e focadas somente no ganho pessoal?
Durante anos a máxima foi: COBRE RESULTADOS E EXIJA O MÁXIMO DE SEUS SUBORDINADOS.
Hoje sabemos que, muito mais do que cobrar resultados, é necessário criar um ambiente saudável e estimulante para que as pessoas produzam mais e melhor. Esta função passa diretamente pela capacidade que o gestor deve possuir em estabelecer relações positivas com seus subordinados e estimular o espírito de equipe.
Gerenciar pessoas é algo extremamente complicado e ao mesmo tempo apaixonante.
Na atualidade, estamos vi vendo a era das modificações, das adaptações e dessa forma o “Gestor” terá que dividir, ouvir e mudar a sua forma de pensar e agir dentro da organização.
De todos esses fatores apresentados, o principal deles é a mudança, quando se fala em adaptar a empresa à nova realidade de mercado, pois esse item torna-se de fundamental importância para todos os outros que mencionamos aqui, ou seja, dividir e ouvir.
Essa nova realidade gestora será marcada pelo uso de novas ferramentas administrativas, tecnologia e muita criatividade, bom senso (principalmente), respeito dentro das organizações por parte de todos aqueles que formam o universo empresarial.
A tarefa não é fácil, até porque a maior parte dos atuais líderes das organizações são pessoas que foram formadas tecnicamente para agir em suas áreas de especialização. Quantos gestores atuais tiveram formação em comportamento humano nos bancos de suas universidades? Quantos buscaram por conta própria esse conhecimento? Quais empresas têm investido continuamente e seu grupo de gestores para torná-los mais “humanos” no relacionamento com seu pessoal?
Certamente que as respostas tendem a um crescimento na humanização do gerenciamento de pessoas. Há mais universidades ensinando além do currículo formal, mas ainda é pouco.
Também sabemos de profissionais que investem não somente em cursos de MBA, mas também em sua formação como gestor de pessoas. O fato é que este processo é lento e requer muito mais do que conhecimento teórico. É preciso atitude.
Por falar em atitude, vamos ilustrar nosso pensamento com a história de Roberto.
Era um profissional altamente dedicado e trabalhava há mais de dez anos em uma empresa de pequeno porte, sempre em áreas relacionadas com a produção. Até o dia em que teve sua grande chance: foi promovido a chefe de pessoal.
No início, como é normal, um misto de euforia, contentamento e desespero. “Será que conseguirei dar conta do recado?”, pensou.
A questão é que Roberto não foi devidamente preparado para lidar com pessoas, e muito menos se preparou para isso.
Sua experiência era eminentemente técnica.
Ironia do destino ou sorte, é que agora Roberto estava à frente de seus colegas com a responsabilidade de gerencia-los.
Como não possuía habilidade com pessoas ele foi se isolando, se afastando do grupo.
Alguns colegas passaram a vê-lo como uma pessoa autoritária e distante, e com isso, logo vieram às reclamações sobre seu comportamento.
As pessoas diziam que ele havia mudado, tinha perdido a alegria e eficiência de sempre.
Aconselhado por seu superior passou a observar mais seu pessoal, conhecer melhor suas fraquezas e limitações. Com isso pôde assertivamente treinar sua equipe, diminuir os erros que eram frequentes e tornar-se mais próximo de sua equipe. Assim Roberto foi corrigindo sua postura como líder e se preparando melhor para gerenciar pessoas.
Quando se trata de liderar pessoas alguns fatores são primordiais:
1. O líder é o espelho de sua equipe. As pessoas vêem nele uma referência. Por isso o líder deve ser o primeiro a perceber suas atitudes positivas e negativas. Esta autoanálise passa por um profundo conhecimento de suas atitudes no dia-a-dia.
2. Ter autocontrole das emoções é uma obrigação de liderança. No mundo moderno, seja na área privada ou pública, não há mais espaço para o líder que cria ambiente de medo. As pessoas querem, antes de tudo, trabalhar em um ambiente saudável em termos físicos e emocionais.
3. Busque o aprimoramento pessoal por intermédio de cursos, livros, seminários, palestras, vídeos e também no contato com outros profissionais. Participe de grupos de estudo e discussão sobre liderança.
O líder moderno não pode se colocar como “todo poderoso”, “o sabe tudo”.
Caso ele tenha esse comportamento, necessário mudar, e rápido, pois não cabe mais, na estrutura moderna, um gestor com essa mentalidade, esse posicionamento. A atitude do gestor em tempos modernos é de APRENDER, CONHECER, COMPARTILHAR, porque na verdade não sabemos nada e estamos sempre aprendendo, conhecendo o novo e os mistérios que ainda teremos que aprender.
Deverá saber o líder que os conflitos normalmente irão surgir a partir de opiniões antagônicas entre as pessoas.
O que, de certa forma, pode ser considerado saudável, pois são dos conflitos que surgem grandes ideias e, se bem gerenciados dentro das organizações, tornam-se um excelente instrumento para a implantação de mudanças.
O conflito pode surgir a parir da percepção de diferenças, que resultam em interferência ou oposição, onde pode ter óbvias consequências no funcionamento da equipe, como desavenças e rivalidades que podem ser prejudiciais quando desviam os esforços dos membros da realização de seus objetivos para a tentativa de resolver as divergências.
Em casos extremos, o conflito pode gerar descontentamento, dissolver laços comuns e resultar no colapso final da equipe. Quando os conflitos se tornam em demasias e prejudiciais a eficácia da equipe, os gestores precisam buscar rapidamente alternativas que reduzam essa condição.
Entender que o conflito faz parte das pessoas e das organizações á é meio caminho andado, pois o conflito sob medida proporciona criatividades, inovação e a reflexão.
E principalmente, proporciona o crescimento individual e coletivo das pessoas e das equipes.
O gestor/líder de sempre saber que gerir pessoas é uma arte e o artista não nasce pronto. É preciso muita técnica, prática e atualização.