CURIOSIDADE, VELHO E MAL HÁBITO

Quando Paulo chegou numa cidade da Grécia por ocasião de uma de suas viagens missionárias, ele percebeu que os habitantes dali não tinham outra preocupação senão a de saber as últimas notícias, do que ele se valeu, aproveitando-se da curiosidade daquele povo, para lhes anunciar o evangelho. Diz uma escritura:

“Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade.” At. 17:21.

Hoje, apesar do tempo decorrido entre aquela civilização e esta, a qual se considera moderna, não é diferente. Senão vejamos.

Milhões de pessoas vivem diuturnamente buscando notícias para retransmitir a todos os que vivem também buscando saber o que acontece em toda parte e meios, local e global. Isso de tal modo é moda que existe especialização para isso se fazer. São os jornalistas, repórteres, correspondentes, informantes, colaboradores, etc.

Existe até especialização profissional e noticiário especializado para atender os interesses específicos de cada público alvo. Assim, existem notícias sobre esportes, finanças, educação, saúde, lazer, guerras, comércio, artes, religião, enfim, um sem número de atividades e coisas sobre as quais muitos senão todos vivem interessados. Isso de tal modo tem se tornado meio de vida que se multiplicam os programas de rádio e televisão, além da rede de internet, para isso fazer, noticiar e informar. Desse modo já virou até costume se perguntar: que deu no jornal? Quem ganhou? Quem perdeu? Cê soube o que aconteceu? Cê viu? Cê soube da última? Etc. Existe até uma espécie de termômetro pelo qual as pessoas medem a temperatura da notícia, dizendo se ela é “quente” ou não, a qual quanto mais recente e mais picante mais quente é considerada.

Para isso se faz mister que batalhões de pessoas trabalhem com o objetivo de fazer com que o público alvo tenha satisfeito as suas curiosidades. E para tanto são empregados bilhões em recursos financeiros para produzir uma verdadeira parafernália de equipamentos transmissores e receptores, o que movimenta milhares de indústrias produzindo toda sorte de peças e componentes.

Há até disputa para ver quem primeiro informa uma notícia, com que realismo, veracidade, etc. As notícias são negociadas, dando-se exclusividade para serem veiculadas por quem pagar o maior preço por isso.

Algumas pessoas que trabalham nos meios televisivos e que cumprem essas tarefas, são chamados de “âncora” e são tidos como “ícone” ou referência, sendo conhecidos nacional e internacionalmente. Aqui no Brasil, como em muitos países, existem os jornalistas especializados até em futricar a vida dos outros, principalmente daquelas consideradas “celebridades”, pertencentes ao mundo artístico, político, esportivo, que, por esse motivo, se tornam “celebridades” também.

Hoje o que mais vende na mídia são as matérias relativas á violência, escândalo, fofoca e desgraça. E quem isso faz ou aqueles que isso fazem estão em evidência e são considerados iminentes homens dos meios de comunicação. Mas, e a vantagem disso tudo? Você gosta, aprova isso? Então saiba esta notícia quente que vou lhe dar:

“Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas? O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal.” Is. 33:14 e 15.

Por isso cuidado com o que você ouve e com o que você vê. Isso foi falado a mais de dois mil anos, mas é atual. Você sabia? Ou tá por fora? Para não ficar de fora da santa cidade edificada para os justos, é preciso selecionar as notícias, deixar as ruins e escutar as boas. Quem tem ouvidos ouve o que o espírito diz as igrejas. A boa notícia forma cidadãos para os céus, as más para o inferno.