ALVOS DE DISCRIMAÇÃO SUBLIMADA
Ao pobre, negro, á mulher, portadores de necessidades especiais, funcionários de menor importância em relação aos de maior e todos que porventura, guardadas as proporções estejam na parte baixa de uma pirâmide social são dadas atenções apenas porque isso exige a correlação de que quem está do outro lado precisa de alguém para exercitar sua condição superior ou ainda não conseguindo viver apenas em um universo de pares mistura-se aos que pode com eles ou sobre eles, falar num tom que mostra quem manda, ainda que dando seus recuos e avanços.
Sobre os negros ou afrodescendentes, temos a necessidade de uma explicação antiga de como as propagandas em todos os setores visuais da mídia deixam claro que os claros são melhor comerciamente, ainda que o produto esteja a disposição de quem esteja com a condição de compra-lo, certo é que mesmo numa propagande de simples detergente até aqueles de automóveis, negros são uma infima minoria quando a intenção real seria talvez não mostra-los. Na verdade para se chegar ao ponto de o governo definir cotas em universidades mostra o quanto o abismo social precisaria de um terremoto para juntar as duas partes.
Sobre as mulheres devemos entender que elas são em sua maioria gigantes em setores antes apenas masculinos porque tiveram que se impor e contar com o apoio de homens que espertamente se beneficiaram disso mas por consenso masculino, elas não sairiam de posições milenares e discriminadas com vantagem que lhes dariam o aspécto de um favor masculino. Resumindo: Elas são o que são e chegaram onde chegaram não graças ao homens que se sentiam bem com a condição anterior delas (por cima carne seca).
Já Os pobres, antigos favelados, moradores de alagados, palafitas, locais de risco e sem condições imediatas de reestruturação por serem comuns os casos oriundos de êxodo de áreas rurais e cidades do interior com chances menores, permanecem discriminados porque estão sendo levados a crer em uma atenção do governo que não existe pois a humilhante distribuição de favores sociais perpetuam a sua inferioridade e deixa claro a discriminação de outras camadas que não precisam ou não aceitam isso.
Com funcionários de menor importância acontece o combate e a troca de posições com maldades e rasteiras conhecidos em ambiênte próprio: As dispensas e demissões são a consequência de um desagradável desfecho e a premiação vem para aqueles que não hesitam em pisar na cabeça de quem está abaixo e colocar abaixo que está acima. Se forem pares o mais esperto sai atirando podenco acontecer de o outro cair matando. estendendo o tapete vermelho para um terceiro que de fora a tudo observava e comparece no enterro profissional dos dois radiante com a promoção vinda de paraquedas em suaves plumagens.
Para fechar, sempre haverá quem torcerá o nariz ao deparar com um portador de necessidades especiais onde vemos que o governo inclusive teve que impor a eles uma cota no mercado de trabalho em situação também nada confortável, e não podem se dar ao luxo de dispensar. Vivem como todos acima citados com a eterna, imutável e conhecida condição de ALVOS DE DISCRIMINAÇÃO SUBLIMADA. Todos estão à distância, discriminando silenciosamente, engolindo a insatisfação, alguns dando até a impressão de que é a favor das medidas e posturas adotadas numa aura ainda mais falsa. É a nossa milenar doênça social.