ENCANTAMENTO

Segundo o dicionário do Aurélio, a etimologia da palavra encantar, proveniente do latim, incantare. Lançar encantamento ou magia sobre; enfeitiçar; seduzir; cativar. Tomar-se de encantos; transformar em outro ser. É assim o homem quando sofre dessa tal mágica que às vezes avassala o coração inexperiente. Obviamente o homem passa por muitos encantamentos, porque sem isso a vida não teria muito sentido. É um mundo mágico onde tudo é muito colorido e nada é tão ruim como se pensa. Mas nós seres humanos não podemos de vez perder o encantamento ou deixar encantar-se à-toa , pois se não existisse esse tal encantamento a vida seria “aquilo que o gato enterra”. Mas como já é de costume eu escrever textos instigante, escrevo no momento o que me vem na telha. Lembrei-me que um dia fui adolescente e porventura me apaixonei algumas vezes e uma dessas fiquei totalmente, sem rumo, sem norte, cego, à-toa, fiquei encantado, seduzido, enfeitiçado por um amor que outrora achava infinito, mas que tudo passa tão rapidamente, onde o tempo, esse que não perdoa e leva tudo que é belo. Tempo... Tempo... Tempo, que levou o encantamento de mala e cuia incontinentemente. Só me resta escrever, que viver no mundo sob um amor de encantamento é terrível porque nada é para sempre e tudo foge com o tempo. Quem se encanta por um amor fica “cego” às “torturas”, do amor, esse que pisa, machuca. Mas quem é enfeitiçado por esse amor, não percebe que às vezes perde até a “razão”. A primeira namorada é sempre o primeiro encantamento que mexe demais o coração. A distância é miseravelmente massacrante, que às vezes o coração chora, se agita, fica em silêncio, sonha e se emociona. Pede coisas que não se deve fazer, diz coisas que não se deve ouvir. Por que temos que escutar o coração?