UM LIVRO ESPECIAL
Brevemente estará nas livrarias em todo o Brasil, o romance O PERFUME DO PAU-ROSA. O lançamento inicial em Manaus, depois em Florianópolis, São Paulo e outras cidades. O romance foi selecionado em 2009, como um dos dezessete melhores do Brasil pelo critério do Programa Petrobras Cultural. Com 270 inscritos na modalidade, a seleção representa um orgulho e incentivo para quem o escreveu. Na verdade, a seleção aconteceu baseada nos primeiros 50.000 caracteres escritos.
A iniciar o romance, tive uma remota esperança de ser selecionado, embora o tivesse feito com certa displicência. Não conheço os critérios adotados, muito menos as pessoas que fazem a seleção, porém, senti-me muito feliz com a contemplação. Cônscio da importância, senti a responsabilidade em concluir a obra e cumprir com as determinações do evento. Finalmente, o livro está pronto e impresso, disponível para o público.
Embora sinta uma ponta de vaidade, não posso esquecer o motivo que me levou a escrever sobre o Pau-rosa, árvore cada vez mais rara em nossas florestas. Ela, que como todas as suas irmãs, têm que morrer para dar um pouco de conforto - no caso, glamour - para as pessoas que as derrubam. Não podemos esquecer que ser selecionado implica em aumento de responsabilidade com o público.
Mesmo contendo uma história muito temperada, o tema de fundo é a árvore de pau-rosa, responsável por fornecer a matéria prima para o perfume Channel nr.5. Isso revela certo atrevimento meu, uma vez que estamos no Brasil em que raríssimas pessoas sabem que a árvore símbolo é o Ipê e, aqueles que sabem, nada conhecem da árvore em si. Já é um grande atrevimento escrever livros numa época em que as pessoas cada vez mais dispensam os impressos para ficar em frente ao computador.
Contudo, o livro mostra que no interior do Amazonas também existem pessoas que vivem, que amam, que sonham e disputam por poder, embora menos sofisticada, não é menor que em qualquer outro lugar. Mostra também que os problemas humanos são os mesmos em qualquer lugar, mesmo no interior desta terra anfíbia. Por outro lado, quando o modismo é falar em preservação da floresta, nada mais sensato que fazer a preservação histórica de uma planta que trouxe riquezas para muita gente.
O romance também aborda temas como garimpo, plantio de guaraná, desmatamento e meio ambiente, sem escorregar para o ecologismo barato que pretende que todas as árvores morram de velhas.
Estou fazendo a defesa do meu livro e convidando as pessoas a lerem. Não posso fazer um elogio à minha obra, porque isso cabe ao leitor. Haverá os que se prenderão apenas ao romance de Wlado e Cida mas, nem para estes, o cenário amazônico passará despercebido. Por fim, o livro pretende fazer o que todo livro faz: entreter com prazer e trazer conhecimento.
Luiz Lauschner – escritor e empresário.