A REFORMA SEM RUMO

"'O melhor Governo é aquele em que há o menor número de homens inúteis".
                                                  Voltaire

Escuto diariamente falar em Reforma Política e Reforma Tributária. Sei que nem uma, nem outra, vão sair a favor do povo, aliás a Tributária se resumirá à recriação do CPMF com outro nome qualquer, pois isto já está sendo ensaiado, haja visto as declarações dos governadores, tanto da situação, quanto da oposição a favor da recriação do famigerado Imposto, agora de forma definitiva através uma emenda Constitucional.

A Reforma Política deveria ter o seu início com os políticos olhando para o parágrafo primeiro da Constituição Federal que taxativamente prevê:
“Todo poder emana do povo que o exerce por meio de seus representantes eleitos diretamente”. Na verdade este trecho da Constituição deveria balizar toda a Reforma Política.


A sugestão do voto em lista fechada, dá aos partidos o poder de decidir quem vai assumir o mandato de acordo com a proporção dos votos que os partidos conseguirem nas eleições. Esta proposta vai em sentido contrário à vontade do povo. 

Os partidos políticos concentrariam ainda mais o poder nas mãos dos líderes, o que deixaria as eleições com menos variantes,  dificultando a alternância do poder (um dos pilares da Democracia) e dificilmente um parlamentar perderia eleição, pois teria prioridade na lista entre os primeiros da relação.


Defendemos como melhor sistema, que os Deputados mais votados em seus respectivos Estados sejam eleitos equiparando a eleição do Legislativo com a do Executivo, (proposta do Deputado Miro Teixeira), independente do Partido ou da Coligação. Se olharmos a Constituição, seria o modo mais correto de representação, pois os mais votados pelo povo seriam seus representantes.


Se aumentarmos a visão da reforma política teríamos que abordar outros temas tais como:


a)   
Financiamento público de campanha
b)    Fidelidade partidária
c)     Cláusula de barreira
d)    Fim da reeleição
e)    Fim do voto obrigatório
 

De um modo geral se vem alardeando, que o financiamento público de campanha seja o fim do caixa dois nas eleições.  O que é necessário é maior fiscalização nas contas dos candidatos e partidos, evitando o abuso do poder econômico.



A REFORMA POLÍTICA é necessária para que o povo possa manifestar-se de forma democrática, elegendo seus legítimos representantes sem nenhuma injustiça e soberanamente.Evitando assim que o Presidente do Senado gaste 24 mil reais em um jantar entre amigos pago pelo povo, e o Chefe da Casa Civil aumente em 20 vezes seu patrimônio em um prazo de quatro anos

Leia reflita sobre a frase abaixo:

“Somente os tolos acreditam que Política e Religião não se discute, porisso os ladrões continuam no poder e os falsos profetas continuam a pregar”.
                           Alexandre Boaro
                                                                                                      
 

Ruy Silva Barbosa
Enviado por Ruy Silva Barbosa em 17/05/2011
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