ALERTA: há médicos que Juraram “HIPÓCRITAS”
Não bastasse o caos instalado tanto na saúde do Governo, quanto no governo da Saúde, a população está sujeita a ser tratada por certo tipo de profissionais médicos, que literalmente denigrem a imagem do nobre sacerdócio da Medicina, tanto quanto dos colegas de bom caráter.
É sabido que a prática médica não garante resultados, mas sim meios. Da mesma forma, como em todas as Ciências, existe a velha e verdadeira máxima "errare humanum est", ou seja, "errar é humano".
No Juramento de Hipócrates, está inserido o seguinte: "Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda.", e mais ainda, "Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.".
Portanto, o formando que após este Juramento, torna-se um Médico, independentemente de questões burocráticas como o registro do seu diploma nos órgãos competentes, e de sua habilitação no Conselho Regional de Medicina, formalidades básicas para o exercício legal da profissão, assumiu total responsabilidade com a vida alheia, segundo o seu "poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém", quem quer que seja, presume-se.
Contudo, no decurso do tempo, mesmo através da continuidade do estudo, atualizando-se e aperfeiçoando-se, pois a ciência é dinâmica, o Juramento tende ao esquecimento, no todo ou em parte, para alguns, que na prática profissional, pecam não somente pela negligência, imprudência, imperícia ou no conjunto, como também pelo excesso de autoconfiança.
Desta forma, essa "espécie" de médicos, passa a ser perniciosa ao extremo, para a população doente que recorre ao profissional de forma "lotérica", em busca de alívio para o seu sofrimento. O desleixo, o desinteresse, a insensibilidade e o orgulho excessivo, transformam o "poder e entendimento" jurados, em absoluta incapacidade, causando dano ou mal, ou até mesmo a extinção da existência de um ser humano, a vida !
Nada justifica tal conduta, pois se assim fosse, haveriam de abandonar a profissão, passando a melhor aproveitar seu "poder e entendimento" para criar galinhas, cuja predestinação, ao contrário do ser humano, é exatamente a morte, a servir de alimento, àquelas pessoas a quem deveriam tratar com a mais sublime dignidade, evitando assim, que o "afastamento ou a infração" no cumprimento do Juramento feito, usurpasse o "gozo da felicidade da vida e da profissão" a que se propuseram, e da mesma forma, "a desonra para sempre entre os homens", o que configura a Hipocrisia por excelência e integralidade, arriscando-se a perder até mesmo os benefícios para si próprios, contidos no Juramento que jamais deveriam esquecer, numa incoerência desmedida.
Aqui se faz presente uma necessidade imperiosa, de profunda reflexão, buscando nos mais secretos escaninhos de suas mentes, qual ou quais as razões que os levaram a dedicar árduos seis anos de juventude, freqüentando os bancos acadêmicos de uma faculdade de medicina, somados a três anos de residência médica, visando uma especialização que mais se identifiquem, sem contar as possibilidades de pós-graduação, mestrado e doutorado, no intuito de avaliar desde quando perderam o rumo da história de suas vidas, passando a prejudicar seus semelhantes, na infidelidade do Juramento.
Infelizmente, o leigo que inocentemente confia a sua própria vida a quem Jurou "Hipócritas", pouca ou nenhuma chance tem para se defender do dano ou mal causado, às vezes irreversível, pelo descaso de um, agora, pseudoprofissional médico, caso consiga sobreviver à teórica "aplicação de um regime para o seu bem", como uma simples receita de um medicamento inadequado ou mesmo, totalmente inapropriado e que pode ser fatal, por exemplo.
Além da irresponsabilidade sem limites para com a vida humana, são desleais com os Médicos esclusos dessa "classificação", que por força da causa que abraçaram com honestidade e honradez, tendo sempre em mente a responsabilidade do Juramento que fizeram, socorrem àquele doente relegado, esmerando-se para reverter o "dano ou o mal" causado, quando o destino ainda proporciona tempo hábil.
Depreende-se, portanto que há médicos e "médicos" a disposição da população doente, cuja escolha é efetuada como num jogo de dados, para sortear a quem se deverá depositar a confiança da sua saúde já prejudicada.
Por Alexandre Boechat
Em 21 de Novembro de 2006.