OS NEGROS NO BRASIL
”A escravidão do negro é a mutilação da liberdade do branco".
(Rui Barbosa)
A abolição da Escravatura declarada em 13 de maio de 1888, após 300 anos, não trouxe a emancipação do negro, já que o mesmo continuou excluído da sociedade brasileira. A abolição não foi seguida do parcelamento da propriedade com entrega de terras aos escravos, nem se providenciou escolas, seja em artífices, seja em educação. Na verdade substituiu-se o escravo pelo mal assalariado, dentro do mesmo sistema escravagista.
Depois de mais de 120 anos da libertação dos escravos, os negros brasileiros continuam lutando pela liberdade e cidadania.
O termo exclusão é o que mais fielmente traduz a condição em que se encontra o povo negro . No Brasil é a parcela negra da população a mais atingida pela falta de uma política social, de saúde, de educação, pelo desemprego, pela fome e a violência, seja ela do aparato policial ou dos grupos de extermínio. A maioria das crianças que vive nas ruas é de jovens negras. Em sua maioria os jovens assassinados nos centros urbanos, são negros, podemos dizer que entre 10 mortos, 7 são negros.
A falada “dívida social” é devido únicamente aos negros. Foram eles que durante 300 anos construíram as bases econômicas do Brasil em condições brutais de escravatura, a custo da complexa exclusão da sociedade, impedidos de se educarem minimamente. O negro é, pois, o único segmento populacional que ainda não foi pago pela construção do país chamado Brasil.
Diz a ministra Luiza Barros (Igualdade Racial) , que o programa Brasil sem miséria a ser lançado no fim do mês de maio, tem ações afirmativas ."Na faixa extrema da pobreza, 75% são negros". Esta parcela não consegue vencer as barreiras sociais, nem foi atingida pelas políticas públicas". De acordo com a OIT, 29%das jovens negras não estudam, nem trabalham.
Na verdade a maioria negra continua na SENZALA.
Neste cenário, as cotas de negros nas Universidades, é apenas um detalhe. Embora sejam justas e necessárias, irão ao encontro de uma minoria que conseguiu superar o gargalo, no Ensino Fundamental e Médio, podendo assim se candidatarem às vagas nas Universidades. Mas a massa da população negra continuará excluída. Como bem diz o senador Cristóvão Buarque, a solução da dívida social é a Educação. Sem Educação, jamais será resolvida a questão social. Deste modo, impõe-se priorizar urgentemente a educação de todos.
Prioritariamente o que importa é a condição de igualdade num Programa Educacional, Fundamental e Médio, resgatando afinal a dívida social que o País tem com os negros. Quanto mais rapidamente for implantado, mais rapidamente será encerrada a vergonhosa desigualdade socioeconômica existente no País. Enquanto a metade da população brasileira (negra e parda) estiverem alijadas do processo de desenvolvimento, jamais haverá no Brasil justiça social e justo crescimento socioeconômico.
Dentre os dados da última Pesquisa Nacional por Aprendizagem de Domicílios (PNAD), mostram que o ingresso de pessoas que se declaram negras ou pardas no ensino superior subiu na última década de 18% para 39% na área de Ensino Público e Privado. No entanto é necessário que se veja o percentual de evasão das Faculdades dentre os Cotistas, que em alguns casos chega a 70% nos dois primeiros anos, possivelmente consequência do gargalo ao qual se referiu o Senador Cristóvão Buarque.
A frase abaixo exprime perfeitamente a situação do negro em nosso país:
“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência".
Karl Marx
Toninhobira
heliojsilva
”A escravidão do negro é a mutilação da liberdade do branco".
(Rui Barbosa)
A abolição da Escravatura declarada em 13 de maio de 1888, após 300 anos, não trouxe a emancipação do negro, já que o mesmo continuou excluído da sociedade brasileira. A abolição não foi seguida do parcelamento da propriedade com entrega de terras aos escravos, nem se providenciou escolas, seja em artífices, seja em educação. Na verdade substituiu-se o escravo pelo mal assalariado, dentro do mesmo sistema escravagista.
Depois de mais de 120 anos da libertação dos escravos, os negros brasileiros continuam lutando pela liberdade e cidadania.
O termo exclusão é o que mais fielmente traduz a condição em que se encontra o povo negro . No Brasil é a parcela negra da população a mais atingida pela falta de uma política social, de saúde, de educação, pelo desemprego, pela fome e a violência, seja ela do aparato policial ou dos grupos de extermínio. A maioria das crianças que vive nas ruas é de jovens negras. Em sua maioria os jovens assassinados nos centros urbanos, são negros, podemos dizer que entre 10 mortos, 7 são negros.
A falada “dívida social” é devido únicamente aos negros. Foram eles que durante 300 anos construíram as bases econômicas do Brasil em condições brutais de escravatura, a custo da complexa exclusão da sociedade, impedidos de se educarem minimamente. O negro é, pois, o único segmento populacional que ainda não foi pago pela construção do país chamado Brasil.
Diz a ministra Luiza Barros (Igualdade Racial) , que o programa Brasil sem miséria a ser lançado no fim do mês de maio, tem ações afirmativas ."Na faixa extrema da pobreza, 75% são negros". Esta parcela não consegue vencer as barreiras sociais, nem foi atingida pelas políticas públicas". De acordo com a OIT, 29%das jovens negras não estudam, nem trabalham.
Na verdade a maioria negra continua na SENZALA.
Neste cenário, as cotas de negros nas Universidades, é apenas um detalhe. Embora sejam justas e necessárias, irão ao encontro de uma minoria que conseguiu superar o gargalo, no Ensino Fundamental e Médio, podendo assim se candidatarem às vagas nas Universidades. Mas a massa da população negra continuará excluída. Como bem diz o senador Cristóvão Buarque, a solução da dívida social é a Educação. Sem Educação, jamais será resolvida a questão social. Deste modo, impõe-se priorizar urgentemente a educação de todos.
Prioritariamente o que importa é a condição de igualdade num Programa Educacional, Fundamental e Médio, resgatando afinal a dívida social que o País tem com os negros. Quanto mais rapidamente for implantado, mais rapidamente será encerrada a vergonhosa desigualdade socioeconômica existente no País. Enquanto a metade da população brasileira (negra e parda) estiverem alijadas do processo de desenvolvimento, jamais haverá no Brasil justiça social e justo crescimento socioeconômico.
Dentre os dados da última Pesquisa Nacional por Aprendizagem de Domicílios (PNAD), mostram que o ingresso de pessoas que se declaram negras ou pardas no ensino superior subiu na última década de 18% para 39% na área de Ensino Público e Privado. No entanto é necessário que se veja o percentual de evasão das Faculdades dentre os Cotistas, que em alguns casos chega a 70% nos dois primeiros anos, possivelmente consequência do gargalo ao qual se referiu o Senador Cristóvão Buarque.
A frase abaixo exprime perfeitamente a situação do negro em nosso país:
“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência".
Karl Marx
Toninhobira
" Muito bem mestre sempre bem ilustrado nos textos e aqui a mais polemica e cruel situação.Só mesmo quem a vive sabe o que é isto.O resto será filosofia.Lembro que na universidade na minha epoca, curso de Engenharia em Belo Horizonte(anos 70), entre os mais de 300 alunos desta especialidade, negro apenas eu.E na empresa onde fui apos formado(Bahia???) a coisa se repetiu...Mas não creio em soluções magicas imediatas e a luta continuará por muito tempo ainda. Há muito preconceito neste país.Mas que avança não se pode negar.Liberdade e igualdade é um sonho.MAs fica seu belo texto para uma boa reflexão. Meu abraço terno de paz e luz".
Do autor
Incorporo aqui, o comentário de Toninhobira já que como sou negro, passei pelo mesmo que ele quando fiz a Faculdade e os cursos de pós. Só havia um Negro, era eu. Sofri toda ordem de preconceito e discriminação
Do autor
Incorporo aqui, o comentário de Toninhobira já que como sou negro, passei pelo mesmo que ele quando fiz a Faculdade e os cursos de pós. Só havia um Negro, era eu. Sofri toda ordem de preconceito e discriminação
heliojsilva
"Alguns preferem o ébano, outros o marfim
E isso é usado de pretexto como estopim
O racismo é arma com bala de festim que parece não ferir
Pensamento ultrapassado a abolir
Praticado de forma velada
/Mas com certeza atinge a alma
E fica dentro de nós um sentimento ruim
Será que um dia haverá fim?.
Não a todo tipo de racismo..
E isso é usado de pretexto como estopim
O racismo é arma com bala de festim que parece não ferir
Pensamento ultrapassado a abolir
Praticado de forma velada
/Mas com certeza atinge a alma
E fica dentro de nós um sentimento ruim
Será que um dia haverá fim?.
Não a todo tipo de racismo..