CONSEQUÊNCIA FATAL

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

CONSEQUÊNCIA FATAL

"Todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão" – Mt. 26.52.

Não há estultícia maior do que as guerras, através dos séculos. As páginas da história são manchadas pelo sangue dos que foram feridos e mortos por causas que, em sua maioria, não tinham fundamento lógico ou racional. Desde o episódio de Caim e Abel, o morticínio tem dominado os homens, colocando-os uns contra os outros. Pode-se observar esse instinto até mesmo nas crianças, não importando a educação, a sociedade, ou o meio em que vivem.

O ódio é algo inato nas pessoas e um dos defeitos mais excitados, seja nos chamados esportes radicais ou na política, na guerra, ou nas disputas diárias. Pena de Talião, olho por olho, dente por dente, na batalha são mortas pessoas que nunca foram vistas pelos seus opositores. Instigadas por seus líderes políticos que repousam em suas próprias alcovas enquanto seus súditos perdem a vida como animais irracionais a se digladiarem sem justa razão. Não há loucura maior, não pode haver estultícia igual.

Surge, porém, um Mestre, um Rabi, um ensinador diferente. Jesus faz a diferença. O cristianismo escriturístico é essencialmente passivo e pacifico. Desaparece, no seu ensino, o ódio, o rancor, a beligerância. Destaca-se o amor, a misericórdia, o perdão, ainda que com prejuízo próprio de seus adeptos. Se tal cristianismo fosse absorvido pelas nações, pelos governos e por seus governantes, não haveria guerras ou disputas. O dinheiro perderia o seu vil valor, e a paz reinaria entre os homens.

O cristianismo reformado em Martinho Lutero não teve sua originalidade soerguida, porque ficou ainda atrelado a uma velha aliança – Velho Testamento – onde o ódio era permitido e, até incentivado, às vezes. Daí as muitas guerras, sangrentas batalhas entre países, pessoas e famílias. Estabelecido, porém um Novo Testamento – Nova Aliança – o quadro é transformado. O Mestre é manso e humilde de coração. O governo romano nos Seus dias podia ficar tranqüilo, pois os cristãos nunca lhe ofereceriam oposição armada. Pelo contrário, submetiam-se até a morte, sem lutar. Morriam pelo Nome de Jesus.

A farsa do moderno cristianismo está na prática de doutrinas da Velha Aliança. Em solene culto, o dirigente de nação que se diz cristã, assumiu o compromisso de aniquilar o inimigo que atacara a sua pátria. E não desistiram até a consumação tão festejada de seus anseios. – E Jesus, onde fica? Na cruz ou no Trono? – No Trono, respondemos. Ele ainda nos envia com uma mensagem aos homens de boa vontade. Nas palavras de Paulo, o Seu apóstolo: "Não vos associeis às obras infrutuosas das trevas; antes, reprovai-as".

Só Jesus.

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O Pr., Th. D. Honoris Teologia, D.D. Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br

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