Zumbis Tentam Invadir Teresina
Zumbi Walk Piauí é um projeto lançado por meus amigos João Luiz e João Paulo onde uma passeata de zumbis vai ocorrer em um ponto “estratégico” da cidade de Teresina. Um evento pra toda a família onde serão exibidos curta metragens amadores feitos por pessoas que participam desse projeto. Mas qual o fundamento de uma produção desse nível?
Se a intenção é homenagear os filmes de terror, deve-se levar em conta o fato de um evento assim não ter muita repercussão no nosso estado por mais que a divulgação seja “monstruosa”. Pois é evidente que esse projeto não passa de fogo em palha, onde falam muito e fazem pouca coisa.
A intenção da organização é muito elitista, pois mobiliza uma parte pouco significativa da sociedade teresinense. Não duvido da capacidade intelectual dos organizadores, porém sou consciente de que poderiam arquitetar um projeto com as mesmas proporções e com um objetivo que realmente trouxesse algo positivo pra população. Não quero dizer que a passeata zumbi tenha um resultado negativo, muito antes pelo contrário, digo que com um evento assim não se perde nem se ganha nada e isso pode causar uma pequena frustração para as pessoas que se proponham a participar do evento. O que mais me entristece é ver pessoas investindo tempo e criatividade em algo supérfluo e obsoleto enquanto poderia se dedicar em algo bem mais interessante.
O único atrativo desse movimento será a apresentação de algumas bandas (que nem foram confirmadas), mas isso não justifica os meios, pois pra promover uma apresentação musical bastaria apenas um evento musical.
Devemos ter consciência de que um grupo de pessoas vestidas de policiais correndo atrás de pessoas caracterizadas de zumbi poderia ter um efeito bacana em outros lugares, mas aqui no Piauí uma cena assim tão incomum pode ser considerada grotesca e vergonhosa.
Não consigo encontrar respostar que justifiquem o fundamento do zumbi walk, das duas uma, ou não tenho argumentos para responder uma pergunta tão boba, ou o zumbi walk não tem fundamento nenhum.
(10/04/11)