“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste vos perdoará”.
(Mt 6,14).
Perdoar, eis o maior dom de cura que Deus em sua infinita bondade nos concedeu, pois toda pessoa que perdoa experimenta no mais profundo de sua alma os efeitos que a misericórdia divina proporciona a si mesmo e aos que são perdoados. O pecado é uma doença mortal para a alma, pois neutraliza nela as graças necessárias para o bem viver. Todo pecador vive em constante conflito que se reflete em tudo o que faz, ele está sempre projetando os frutos do pecado nas suas relações humanas e nas suas relações com Deus. Tem sempre uma concepção errônea da vida, do mundo, das pessoas e de Deus. Por isso vive atingindo, com o seu pecado, a vida, o mundo, as pessoas e se revoltando contra Deus.
Quando Jesus nos ensina a perdoar Ele nos ensina a viver em constante comunhão com a vontade de Deus, pois quem perdoa ama e quem ama permanece em Deus e Deus nele (a). Nunca apóie sua vida nem seu modo de ser ou pensar no pecado, nas fraquezas ou atitudes erradas de ninguém. Porque do pecado não vem nada de bom, todo pecado é veneno mortal para a alma. Trazer o pecado dos outros para dentro de sua vida é se condenar a si mesmo com o pecado alheio. Perdoar essencialmente é não permitir que o mal dos outros entre na sua vida, é vencer-se a si mesmo, é agir em Deus e a partir da misericórdia divina, é viver a liberdade à qual fomos chamados.
São Paulo falando da vida nova em Cristo nos ensina que esta só é possível mediante a vivência do dom do perdão: “Agora deixai de lado todas estas coisas: ira, inimizade, maledicência, maldade, palavras imorais da vossa boca, nem vos enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito conhecimento. Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos”. (Col. 3,8-15).
Caros irmãos e irmãs, Jesus nos mostrou que assim como o perdão de Deus é sem medida o nosso também não pode ter medida, pois ficar ofendido com alguém é ofender a si mesmo, é mutilar-se e não gozar da verdadeira reconciliação com o nosso Pai do céu: “Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. (Mt 6,15). Então, Pedro se aproximou de Jesus e disse: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mt 18,21-22). Isto é, sempre.
Que fique conosco também este versículo da Carta de São Tiago: “Haverá juízo sem misericórdia para aquele (a) que não usou de misericórdia. A misericórdia, porém, triunfa sobre o julgamento”. E ainda: “A sabedoria que vem de Deus é primeiramente pura, depois pacífica, compreensiva, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz”. (Tia. 2,13; 3,17-18). Vem, Senhor Jesus! Assim, seja!
Com Jesus e com Maria
Frei Fernando, OFMConv.
(Mt 6,14).
Perdoar, eis o maior dom de cura que Deus em sua infinita bondade nos concedeu, pois toda pessoa que perdoa experimenta no mais profundo de sua alma os efeitos que a misericórdia divina proporciona a si mesmo e aos que são perdoados. O pecado é uma doença mortal para a alma, pois neutraliza nela as graças necessárias para o bem viver. Todo pecador vive em constante conflito que se reflete em tudo o que faz, ele está sempre projetando os frutos do pecado nas suas relações humanas e nas suas relações com Deus. Tem sempre uma concepção errônea da vida, do mundo, das pessoas e de Deus. Por isso vive atingindo, com o seu pecado, a vida, o mundo, as pessoas e se revoltando contra Deus.
Quando Jesus nos ensina a perdoar Ele nos ensina a viver em constante comunhão com a vontade de Deus, pois quem perdoa ama e quem ama permanece em Deus e Deus nele (a). Nunca apóie sua vida nem seu modo de ser ou pensar no pecado, nas fraquezas ou atitudes erradas de ninguém. Porque do pecado não vem nada de bom, todo pecado é veneno mortal para a alma. Trazer o pecado dos outros para dentro de sua vida é se condenar a si mesmo com o pecado alheio. Perdoar essencialmente é não permitir que o mal dos outros entre na sua vida, é vencer-se a si mesmo, é agir em Deus e a partir da misericórdia divina, é viver a liberdade à qual fomos chamados.
São Paulo falando da vida nova em Cristo nos ensina que esta só é possível mediante a vivência do dom do perdão: “Agora deixai de lado todas estas coisas: ira, inimizade, maledicência, maldade, palavras imorais da vossa boca, nem vos enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito conhecimento. Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos”. (Col. 3,8-15).
Caros irmãos e irmãs, Jesus nos mostrou que assim como o perdão de Deus é sem medida o nosso também não pode ter medida, pois ficar ofendido com alguém é ofender a si mesmo, é mutilar-se e não gozar da verdadeira reconciliação com o nosso Pai do céu: “Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. (Mt 6,15). Então, Pedro se aproximou de Jesus e disse: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mt 18,21-22). Isto é, sempre.
Que fique conosco também este versículo da Carta de São Tiago: “Haverá juízo sem misericórdia para aquele (a) que não usou de misericórdia. A misericórdia, porém, triunfa sobre o julgamento”. E ainda: “A sabedoria que vem de Deus é primeiramente pura, depois pacífica, compreensiva, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz”. (Tia. 2,13; 3,17-18). Vem, Senhor Jesus! Assim, seja!
Com Jesus e com Maria
Frei Fernando, OFMConv.