A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA EM GOIANÉSIA
O sonho mais básico do homem urbano é ter a casa própria. Em Goianésia não é diferente. Esse anseio tem conseguido transpor a etapa do sonho para a realidade, com a explosão imobiliária que a cidade vem experimentando nos últimos anos. Como título de ilustração, se comparar 2005 com 2010 se verifica um aumento no número de construções que chega a 213%. Hoje há mais de 20 mil edificações, entre residências e prédios comerciais.
Goianésia é hoje uma cidade em movimento. Um canteiro de obras a céu aberto. De acordo com o departamento de Alvarás da prefeitura, uma média de 5 novas licenças para construir são retiradas diariamente. São casas, igrejas, lojas, escritórios, clínicas, supermercados, farmácias, um sem-fim de estabelecimentos que movimenta uma rede de pessoas, que têm neste segmento seu ganha-pão.
José Felipe Rodrigues não vê a hora de realizar o sonho de morar em sua própria casa, após 11 anos pagando aluguel. “É muito bom morar no que é nosso, nada se compara”, diz. Sua casa é uma das 200 que estão sendo construídas na cidade apenas em março. O mercado da construção civil não tem gerado alegria apenas a quem passa a ter sua residência. Tem gerado emprego e valorizado a renda de quem atua na área, como arquitetos, engenheiros civis e elétricos, mestres de obras, pedreiros, carpinteiros, eletricistas prediais, serventes de pedreiros, entre outros.
Engenheiro há 16 anos, Carlos Antônio da Rocha Siriano, comemora o bom momento da construção civil na cidade. “O grande incentivo dado pelo Governo Federal, devido a grande defasagem de residências no Brasil, além da implantação de novos empreendimentos em Goianésia e na região”, diz. Opinião semelhante tem seu colega, Antonione Pelegrino, que atua em Goianésia e Jaraguá. “O mercado hoje está tão dinâmico que às vezes não conseguimos nem atender a tanta demanda, e a valorização profissional do profissional melhorou também”, afirma.
Abertura de novos negócios
O momento mágico vivido pela construção civil em Goianésia não tem beneficiado apenas quem é do ramo. Tem sido responsável por uma migração de profissionais para a área. Diversos anos atuando como comerciante varejista de roupas e calçados, João Pereira de Oliveira é desses casos de migração. Hoje trabalhando como construtor, tem conseguido colher muitos frutos. “É um momento muito especial este da construção civil, acredito que fiz a decisão certa”, garante.
A Caixa Econômica Federal que até pouco tempo atrás tinha apenas um correspondente bancário na cidade, hoje conta com quatro. Um desses novos correspondentes, Adriano Novaes, é um entusiasta da fase que vive Goianésia. “A cidade contou com alguns fatores que possibilitaram um crescimento maior que na maioria dos municípios goianos, por causa de projetos como a instalação de empresas como Anglo American, Codora, tudo isso permitiu que Goianésia aproveitasse seu posicionamento geográfico e a infraestrutura da cidade”, diz.
Todo esse volume tem gerado bons negócios às lojas de materiais para construção. Nunca se vendeu tanto em Goianésia como agora. E nunca se foi tão seguro vender, já que a maioria das construções são financiadas pela Caixa Econômica Federal, o que é garantia de pagamento à vista ao comércio. Os corretores também celebram a seara. “Tivemos um aumento significativo, o Governo Federal facilitou muito a construção civil, muitas pessoas compram casas financiadas e não precisam nem dar entrada, basta apresentar a documentação necessária”, é a opinião do corretor Gustavo Carvalho.
Facilidade no financiamento e crescimento da economia são os responsáveis pelo fenômeno
Esta é a opinião de profissionais ligados à área.
Como explicar o boom da construção em Goianésia? Analistas de crédito, corretores, engenheiros, construtores apontam para o crescimento e solidez da economia nacional, o que gera um maior poder de compra ao brasileiro e a facilidade no crédito imobiliário. “Com certeza tudo isso acontece graças ao bom momento da economia nacional”, opina Antonione Pelegrino. Para Adriano Novaes, “A facilidade de crédito proporcionada pelo Governo Federal, através do ‘Minha Casa, Minha Vida’ desencadeou este grande crescimento no setor imobiliário”. “Hoje trabalho com três projetistas para conseguir atender a demanda”, diz Carlos Rocha.
Financiar a casa própria não é mais um bicho de sete cabeças. O primeiro passo é ir ao banco munido dos documentos necessários para obter o crédito pré-aprovado. Após a visita ao banco, já é possível saber o quanto será concedido de crédito. Encontrado o imóvel, você deve voltar ao banco com os documentos para dar entrada no pedido de financiamento.
O crédito, após aprovado, pode sair em até 15 dias, com a opção de parcelamento em até 360 meses (30 anos), podendo chegar a 100% (no caso de imóvel novo).