CULTURA

CULTURA

“Toda filosofia da cultura ou culturologia decorre de determinada forma de entender o ser humano”. No entanto, podemos afirmar que cultura diz respeito, por exemplo, à forma como se transforma a natureza para produzir os meios de vida, às regras que orientam a produção, distribuição e uso desses meios de vida. À maneira como se educa o corpo para as práticas sociais, como se definem os papéis sociais e a participação nas atividades da vida social. Como são reguladas as trocas matrimonias e os laços de parentesco, como são organizados os atos de tomada de decisão sobre os rumos da vida coletiva, como são representados os elementos sobrenaturais e a vida religiosa. Como são contadas as histórias do grupo, como são festejados e celebrados os momentos significativos das biografias individuais e das coletividades, como são educadas as novas gerações e a tantos outros aspectos.

Essas nuanças são sempre relatadas quando queremos definir o que seja cultura, na expressão escorreita da palavra. Hábitos de um povo, conhecimentos adquiridos com o passar do tempo, habilidades em formatar suas idéias e transpô-las em algo concreto e objetivo. No caso, o artesanato, a pintura, os causos, o repente, a música regional e muitos outros. São formas de artes que se entranham na cultura popular. Pode-se afirmar que a cultura não é genérica e sim algo concreto, pertence a uma determinada etnia, em determinados lugares, está na auto-realização da pessoa humana no seu mundo. Tudo aquilo que não é natureza, é cultura, mas toda ação humana no orbe é cultura. “Pode-se afirmar que tudo produzido pelo homem é cultura”. O homem é um espelho, tudo ele reflete, principalmente o que pensa. Pode-se definir cultura em vários conceitos: conceito humanista, conceito filosófico, etnológico, antropologia cultural.

Está na civilização, na erudição, na nacionalidade de um povo, na mitologia e nos costumes de toda matiz. A cultura relaciona-se com o poder, com o subdesenvolvimento, democracia, política, principalmente a cultural. A cultura popular é, na verdade, plural: discurso fragmentário, pelos olhares da elite pode-se tornar semi-oculto. Na Escola de Frankfurt, nas pessoas de Horkheimer e Adorno, já se usava a expressão “indústria cultural”, na década de 1930. No século XIX, depois da Revolução Industrial os bens culturais passaram a ser produzido em séries, colocados no mercado, padronizados, para o consumo humano, interiormente e exteriormente, isto é, dentro e fora das fronteiras nacionais. Uma primeira conseqüência disso é que, assim como uma pessoa precisa de muitas outras pessoas para se formar, uma cultura também não se forma fechada nela mesma. Ao contrário, a relação com os outros grupos é essencial para a constituição do nosso grupo. Como afirma Lévi-Strauss em "Raça e História".

Como conseqüência das tecnologias de comunicação aparecidas no século XX, e das circunstâncias geopolíticas configuradas na mesma época, a cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. Antes de haver cinema, rádio e TV, falava-se em cultura popular, em oposição à cultura erudita das classes aristocráticas; em cultura nacional, componente da identidade de um povo; em cultura clássica, conjunto historicamente definido de valores estéticos e morais; e num número tal de culturas que, juntas e interagindo, formavam identidades diferenciadas das populações. A cultura se torna um assunto tão vasto e rico, que quanto mais se explora, mais conhecimentos vão adquirindo e o aprendizado tornando-se mais geral e específico. Explorando os anseios populares e contando-se o número de Países e regiões, veremos que a cultura é uma extensa da riqueza humana, desde as habilidades pessoais ao conhecimento em geral.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA(FGF) E MEMBRO DA ACI

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 13/11/2006
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