MUDANÇAS NECESSÁRIAS ALEGRIAS E/OU DORES INEVITÁVEIS

Em toda a história da humanidade, como já sabemos, foram e são necessárias várias mudanças: na vida política, no modo de pensar, no modo de agir e no comportamento do ser humano em cada época de sua existência. Todavia essas mudanças mesmo que necessárias causam dores e alegrias ao mesmo tempo e/ou em momentos distintos. Se percorrermos os pensamentos filosóficos encontraremos várias mudanças no modo de administrar as sociedades baseados nas compreensões causadas pela visão que cada filósofo ou cada escola filosófica imprimiam no seu tempo. Na verdade cada expoente da história traz consigo e/ou deixa conosco uma visão do mundo e da vida. Se quisermos prova maior basta que observemos a influência de Platão e Aristóteles, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino nos pensamentos filosófico e teológico desde o seu tempo até nossos dias. Na bíblia também encontramos mudanças de pensamentos e de comportamentos impressos pelos escritores sagrados e, sobretudo, nas cartas de Paulo e mais contundente ainda nos evangelhos. Portanto compreendemos que realmente são necessárias.

As dores e/ou alegrias causadas pelas mudanças decorrem do modo como elas são feitas ou provocadas. Nas duas formas há e deve haver motivação, ora positiva ora negativa, porém valiosa.

Mudar de casa, mudar de cidade, mudar de profissão... em fim mudar sempre causa uma SENSAÇÃO de satisfação, quando desejamos e alcançamos um objetivo e para isso é preciso mudar. Quando queremos fazer algo novo, imprimir uma marca diferente ou até mesmo ajudar alguém...

De ALIVIO quando estamos insatisfeitos com o que fazemos e conseguimos mudar, de lugar, de posição ou de profissão...

De DERROTA quando não queremos mudar e mesmo assim temos que aceitar ou somos obrigados concordar que isso aconteça.

De ANGÚSTIA quando sabemos e vemos alguém que não compreende a ação a ser ou que está sendo desenvolvida, que não colabora pelo bom andamento do conjunto, alguém que é indiferente a todo o processo ou dá sempre sinal de falta de comunhão com a idéia do grupo, fazendo campanha contra, mesmo que seja com a opção certa

Mas a melhor sensação é aquela que nos deixa perplexos sem saber se choramos ou rimos quando as lágrimas e as emoções se misturam num só sentimento misto de saudade, de alegria, de prazer, de dúvidas, de insegurança pela nova situação, de saber que decepcionamos a alguns e alegramos a muitos pelos nossos feitos, ora bem sucedidos, ora nem tão bem sucedidos. Essa sensação é mais inquietante e satisfatória quando sabemos que estamos mudando para que o melhor aconteça para todos e que aquele ou aquela que nos substituirá é capaz de imprimir sua própria marca naquela base que lançamos e estruturamos em qualquer que seja o empreendimento.

Tudo que é novo causa estranhesa por isso precisamos compreender e encarrar as dores e as alegrias como síntese positiva do processo da mudança.

PADRE FERNANDES
Enviado por PADRE FERNANDES em 11/04/2011
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