A SOLUÇÃO PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA NO MUNDO – Vacina e medicamentos para acabar com o ódio e o desejo de vingança nos seres humanos

No dia 7 de abril de 2011, o mundo, dito civilizado, foi uma vez mais abalado por mais um ato brutal, perpetrado por um doente mental de 24 anos, residente no Rio de Janeiro, no bairro de Realengo. Dois dias depois, hoje mesmo, dia 9 de abril, um homem armado abriu fogo em um shopping na cidade de Alphen aan den Rijn, na Holanda, deixando ao menos cinco pessoas mortas e 13 feridas. No mesmo jornal que noticiou as chacina de pelo menos 12 crianças e adolescentes e o ferimento de outras 13 no Rio e das mortas e feridas na Holanda, havia mais desgraça para a nossa coleção:

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Grupo do Bahrein diz que ativista foi "preso e espancado"

· 15h13m

Egito diz que reprimirá manifestantes em praça central do Cairo

· 14h05m

Forças sírias abrem fogo contra pessoas em funeral

· 13h45m

Oito rebeldes morrem em confronto na cidade líbia de Misrata

· 13h39m

Oposição líbia pede a EUA acesso a ativos congelados de Gaddafi

· 13h21m

Forças de segurança sírias abrem fogo contra manifestantes

· 12h50m

Israel ataca Gaza pelo terceiro dia e mata quatro militantes palestinos

· 12h09m

Polícia da Irlanda do Norte desarma bomba em estrada

· 11h23m

Seis morrem em tiroteio dentro de shopping na Holanda

· 11h20m

Violência marca as eleições parlamentares na Nigéria

· 11h17m

Forças de segurança da Síria atiram contra manifestantes em Deera e Latakia; chega a 37 número de mortos em protestos na sexta-feira

· 11h09m

Conflitos voltam a ocorrer na frente leste da Líbia

· 10h30m

TV estatal exibe imagens de Kadafi em escola de Trípoli; forças do regime avançam no oeste da Líbia

· 10h23m

Pelo menos 37 pessoas foram mortas na Síria na sexta, diz grupo

· 10h17m

Ataque suicida a ônibus do exército deixa militares e civis feridos no Afeganistão

· 10h13m

Homem-bomba ataca ônibus militar no Afeganistão

· 09h21m

Acordo no Congresso dos EUA sobre Orçamento evita paralisação

· 08h38m

Polícia prende ativista de direitos humanos no Bahrein

· 08h11m

Dois mortos em protesto no Egito pelo julgamento de Mubarak

· 23h36m

'Ele se moveu para a direita e deve ser reeleito', diz especialista sobre Obama

· 23h36m

Partido governista apoia ex-ministro para evitar segundo turno entre Humala e Keiko Fujimori

· 23h24m

Atentado a bomba deixa ao menos dez mortos na Nigéria na véspera de eleição

· 21h43m

Colômbia captura membro das Farc solicitado pela Espanha

· 20h47m

ONU diz que tropas de Gbagbo reconquistaram terreno em Abidjan

· 19h57m

Israel mata comandante do Hamas em ataque na Faixa de Gaza

· 19h42m

Israel ataca a Faixa de Gaza pelo segundo dia e mata comandante do Hamas-

O que lhe parece tudo isso? Diante de tais notícias que se repetem todos os dias nas nossas telas de TV ou computador, será que só tomamos consciência de que alguma coisa precisa ser feita urgentemente quando a morte bárbara e cruel bate à nossa porta? Quantas pessoas repararam nas dezenas ou centenas de mortos nas guerras sangrentas que se arrastam há anos, meses e dias no Egito, da Líbia, em Israel, em vários países da África? Quantas se comoveram? Quantas acham que essa brutalidade tem a ver conosco? Não parece tudo muito distante de nós? Por que a chacina de Realengo nos comove mais? Por que as vítimas são nossas conhecidas ou parentes? Ou será por que achamos que poderiam ser, por estarmos na mesma região geográfica, na mesma cidade ou país?

Sim, com certeza, damos mais importância porque sabemos que fatos como esses poderiam acontecer na nossa cidade, no nosso bairro e mesmo na escola onde estudam nossos filhos e netos.

Guerras lá longe, em outros continentes, mortos às centenas diariamente nada têm a ver com o nosso dia a dia. É o que pensamos. Ledo engano.

Estamos todos no mesmo planeta. Este mundo é um só, apesar das distâncias geográficas, apesar das diferenças culturais e linguísticas. Somos uma só raça: a raça humana, que lamentavelmente tem criado todo este caos estampado nos noticiários.

Violência, vingança, ódio, crueldade, intolerância, rivalidade, ganância são esses alguns dos adjetivos que qualificam a barbárie que assola a humanidade por mais de 30 mil anos de história. Já foi pior no passado ,onde a escravidão, a tortura e a queima de pessoas em fogueiras públicas, em nome de “verdades sagradas”, eram práticas comuns. Vieram santos, mártires, filósofos, cientistas, educadores e reformadores, mas, ainda assim, parece que a humanidade não encontrou seu rumo. As grandes cidades do mundo estão repletas de violência por toda parte. As pessoas se armam, tentam se proteger, inventam sistemas de vigilância, câmeras e outros artifícios modernos, mas, a despeito de tudo isso, não estão imunes à violência gratuita das balas perdidas, dos homens-bomba, dos franco-atiradores, como estes dois dementes que destruiuram, sem dó nem piedade, vidas humanas, causando danos irreversíveis aos familiares deles, das vítimas e mesmo à sociedade.

Para ajudar a controlar a violência sexual, comum aos estupradores reincidentes, os cientistas desenvolveram uma droga que provoca a castração química, uma forma de reduzir, a níveis insignificantes, o desejo sexual de um homem. Tem sido usada como forma punitiva ou preventiva contra aqueles que praticam estupro, pedofilia e agressões de natureza sexual. O medicamento Depo-Provera é uma droga hormonal (progestina), que atua no organismo do paciente causando-lhe redução no desejo para a prática sexual. Sem o desejo, o indivíduo não tem motivação para a agressão sexual, dizem os cientistas.

E se houvesse uma substância capaz de reduzir os níveis de agressão dos indivíduos? E se os cientistas descobrissem uma droga poderosa que, de uma só vez, pudesse tornar os seres humanos incapazes de sentir raiva, desejo de vingança, ciúmes e intolerância? E se fosse desenvolvida uma vacina com tal propriedade?

Você tomaria esse medicamento ou vacina? Ou será que você acha que não precisaria ingerir tais medicamentos? Pense com carinho nessa possibilidade. Esse medicamento poderia ser colocado na água que você bebe diariamente ou obrigatoriamente fornecido no leite, no pão, nos cereais e em outros alimentos. As crianças poderiam receber uma espécie de vacina, reforçada a cada 3 anos até a idade adulta.

Enquanto os cientistas ainda estão tentando inventar tais medicamentos e vacinas, só temos uma coisa a fazer: vacinar a nós mesmo e a nossos filhos com doses maciças de amor ao mundo, respeito ao outro, cultivo da paz em todos os ambientes onde vivermos. Precisamos transformar nossos atos diários em preventivos eficazes contra a ira, a vingança e a intolerância. Precisamos fazer isso pelo exemplo. Não apenas pedir ou exigir que os outros o façam, como se fôssemos autoimunes. Não somos. Você se lembra de quando foi a última vez que ficou irado, transtornado? Lembra-se de quando foi a última vez que sentiu vontade de agredir alguém, ainda que indiretamente ou com palavras duras? No trânsito, quantas vezes já cometeu imprudências ou quis punir um outro motorista infrator. Não sabemos o que vai desencadear uma nova onda de violência. Não podemos ter certeza de coisa alguma. Mas sabemos, por certo, que uma simples fagulha pode incendiar um palheiro. Não seja uma palha seca. Esteja embebido em paz, paciência, tolerância, compreensão. Quando os sábios dizem que devemos cultivar o riso, a amizade, o amor ao próximo e ao mundo, estavam e estão nos dando as vacinas necessárias para nos prevenir das desgraças que estamos assistindo ou sendo vítimas.

Você já tomou a sua dose de vacina antirrábica hoje? Não estou falando daquela que nos protege da hidrofobia, doença também popularmente conhecida como “raiva”, transmitida por cães e morcegos. Essa doença causa paralisia e morte quando ataca humanos. Felizmente Louis Pasteur descobriu a vacina antirrábica e ela tem ajudado a proteger a humanidade dos terríveis efeitos da doença mortal.

Me refiro à raiva, ao ódio, ao desejo de vingança humana. Como poderão ser tratados em um mundo onde as pessoas querem tudo o que puderem para si mesmas, sem dar a mínima para os demais? Em um mundo onde os bens materiais parecem ser a coisa mais importante a ser conquistado, não interessa como?

Tenho uma idéia- sugestão (coisa de psicólogo maluco): todas as vezes que vou beber um copo de água ,imagino que nela, além do flúor que é, por lei (1), colocado para ajudar na calcificação dos dentes, estou ingerindo doses de calmantes para meus nervos. Cada gole está pleno de tranquilidade, paz de espírito, alegria, bom-humor, tolerância, respeito a individualidade, paciência e sobretudo amor a mim mesmo e ao meu semelhante, não importa onde ele esteja.

Outra sugestão aos papais, mamães, maridos e esposas: todos os dias, quando se despedirem para ir ao trabalho ou escola, dê um abraço carinhoso, muitos beijinhos e faça carinho nos seus entes queridos. Ao encontrarem vizinhos, colegas de trabalho e até pessoas desconhecidas, cumprimente-os com um sorriso amigo.Talvez nesse dia eles não sintam qualquer vontade de maltratar ninguém. Estas também são as melhores vacinas disponíveis para prevenir e reduzir as maldades do mundo. Este mundo onde vivemos.

(*) Mathias Gonzalez é psicólogo e escritor.

(1) O governo brasileiro determinou que a fluoretação da água para abastecimento público é obrigatória, segundo a Lei Federal n.º. 6.050/74. De acordo com o Ministério da Saúde, o limite máximo de flúor na água para consumo humano é de 1,5 mg/litro. O monitoramento do elemento é feito por entidades governamentais de tratamento de água, que seguem os valores estabelecidos pelo Ministério.